Apesar dos protestos internacionais, o Japão retomará a caça às baleias para fins comerciais em 1º de julho de 2019. Em dezembro do ano passado, o país retirou-se da International Whaling Commission (IWC), a organização internacional que lida com a regulamentação da caça às baleias no mundo.
A decisão já havia sido anunciada pelo governo japonês, que tentou obter permissão junto a IWC para voltar a caçar baleias remanescentes em suas águas. Apesar do fracasso da tentativa oficial, o Japão continuou sua caçada aos cetáceos: protegido por brechas burocráticas e lacunas nas leis, o país seguiu com os massacres, vendendo-os como missões de pesquisa científica.
Agora, a agência Kyodo, que cita fontes locais de pesca na cidade de Kushiro, na ilha mais ao norte do arquipélago, diz que, a partir do dia 1º de julho, voltará a caçar na região de Hokkaido.
Tóquio espera que a caça ocorra nas águas de sua própria zona econômica exclusiva (Zee) e não mais no Oceano Antártico, acrescentando que os navios respeitarão os limites das cotas de pesca para garantir que a população de cetáceos não diminua. Mas os motivos que levam o Japão a insistir com esse tipo de caça não são claros, considerando a fragilidade da justificativa comercial: o consumo de carne de baleia tornou-se impopular e está em declínio. A ponto de, nos últimos anos, o governo precisar financiar o setor, que não consegue se sustentar.
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