Uma pesquisa genética com um filhote de anta albina vai ajudar a analisar a ausência de melanina na espécie.
O filhote, que foi resgatado em novembro, está sob os cuidados de uma equipe do Zoológico de Sorocaba (SP), que está fazendo o monitoramento e a alimentação do animal.
A bióloga do zoológico, Cecília Pessutti, conta que a “antinha” (como os profissionais a batizaram) alimenta-se de uma mistura de leite de cabra e de vaca e pastagem. Os especialistas estimam que o filhote tenha, aproximadamente, 40 dias de vida.
“Ela é mais sensível à luz solar e pode ter um sistema imunológico mais sensível e isso demanda mais cuidados, como massagem abdominal e o tanque de banho com água morna”, explica Pessutti.
Ela disse, ainda, que o filhote vai prestar uma contribuição científica importante para o estudo da situação albina na espécie.
O biólogo Bruno Saranholi analisa que essa condição pode ser um indicativo de baixa variabilidade genética ou a frequência de acasalamentos entre “parentes”.
Agora, os especialistas vão investigar se há alguma relação de parentesco entre o filhote resgatado e outras duas antes albinas registradas pelo Projeto Anta, do Instituto Manacá. Segundo a bióloga Mariana Landis, uma das responsáveis do projeto:
“O albinismo não é uma condição muito comum, portanto, existe uma boa possibilidade de existir algum grau de parentesco. Em seguida, vamos comparar a genética dos indivíduos albinos com os indivíduos não albinos, verificando, por exemplo, se entre os albinos há um maior sinal de endogamia [acasalamento entre indivíduos aparentados].”
O fotógrafo Luciano Candisani está fazendo os registros da “antinha”. Ele é o primeiro profissional a documentar uma anta albina no Brasil. Os outros indivíduos albinos haviam sido fotografados por ele na reserva Legado das Águas.
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Categorias: Animais
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