O calor recorde na Austrália está matando morcegos, pássaros e peixes


Está tão quente que os animais caem do céu exaustos. Na Austrália, nos últimos dias, algumas áreas do interior chegaram a 48 graus e essas temperaturas altas colocam todos à prova, inclusive os animais.

A situação está lentamente voltando ao normal, mas a onda de calor massacrou pássaros, peixes e principalmente as raposas-voadoras (Pteropus conspicillatus), uma espécie de morcego que vive no país.

Se o homem consegue se equipar para combater o calor, o mesmo não pode ser dito em relação a esses animais que morrem devido às altas temperaturas. E assim, nas redes sociais, muitos têm publicado sobre as vítimas desse massacre.

No Twitter, o agricultor Bill Wallace mostrou duas cacatuas, papagaios australianos de médio-grande porte, desamparados no chão.

“O termômetro chegou a marcar 48,9 graus hoje, não é uma leitura oficial, é claro, mas foi o suficiente para matar essas cacatuas”, escreveu o homem.

Outros usuários postaram fotos de diversos animais que não mostravam sinais de ferimentos no corpo, mas caíam como se estivessem exaustos pelo calor. Hipótese esta depois confirmada pelo Native Wildlife Rescue, que comunicou o resgate de centenas de raposas-voadoras que não estão respondendo bem ao calor.

“O calor recorde e a comida limitada estão complicando a vida das raposas-voadoras”, escreveu a organização, que explicou ter encontrado mais de 100 morcegos exaustos no vale do canguru e realizado outros 140 resgates nos últimos dias. “Devastadora para muitas mães e seus bebês, a ajuda chegou tarde demais.”

https://www.facebook.com/NativeWildlifeRescue/posts/3697142390299139

Assim como em janeiro passado, quando o calor matou animais, além das temperaturas recordes, a Austrália está sofrendo com a seca, que também levou ao aquecimento da água. Tudo isso favoreceu o aparecimento de cianobactérias, que, ainda que não matassem diretamente os peixes, esgotaram o oxigênio das águas. A situação, que está se normalizando lentamente, provocou danos a muitas espécies, considerando que aqueles que não morreram de calor ainda assim precisaram lidar com os incêndios florestais.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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