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Já aconteceu de você ter encontrado um pássaro machucado, ou com dificuldade de voar, por ainda ser filhote e ter caído do ninho? O que fazer para salvar o bichinho?
Se por acaso você vir um pássaro precisando de ajuda e não souber como socorrê-lo, este conteúdo foi feito para ser um guia de orientação de como cuidar e prestar os primeiros socorros a estes seres, até você encontrar assistência especializada para ele.
Se não der para encaminhar de imediato para algum órgão, entidade ou veterinário especializado em tratamento de pássaros, preste os primeiros socorros com as informações que serão dadas logo adiante e busque orientação e ajuda de entidades de proteção aos animais silvestres.
Neste conteúdo tem uma lista dessas entidades que prestam serviço de orientações e cuidados, resgate e tratamento de aves silvestres que são socorridas pela população.
Seguem as informações que podem te nortear, caso encontre um pássaro precisando de ajuda.
Se você encontrar um pássaro precisando de socorro, em primeiro lugar, averigue se ele está machucado e se é filhote ou não.
Filhotes são bem pequenos, com poucas penas, asas curtas e têm dificuldade de voar, por estar aprendendo essa habilidade.
Caso seja filhote e não esteja ferido, é provável que tenha caído do ninho por estar aprendendo a voar, se for isso, o observe por um tempo e à distância, para saber se ele consegue voar ou se a mãe dele está por perto. Dessa forma é possível até descobrir onde está o ninho e recolocar o filhote nele para a mãe cuidar dele.
Na situação de não conseguir encontrar o ninho, mas a mãe dele estiver por perto, coloque o pássaro em um lugar em que fique protegido de predadores, como por exemplo, os gatos. Dessa forma, o local ideal é um arbusto em uma árvore, que seja parecido com ninho, observe por certo tempo para prevenir que ele está bem acomodado e não caia novamente
Em contrapartida, se além de não achar o ninho e nem a mãe da avezinha e ainda por cima ele não estiver não conseguindo voar, primeiramente, forre uma caixa de papelão com furos para a ventilação, coloque um forro macio, como uma toalha, outra opção é utilizar uma caixa para transporte de animais de estimação, como a de gatos, se o pássaro não for muito grande ou mesmo uma gaiola ou viveiro, também, forrando com uma toalha.
Cubra o corpinho dele com um pano limpinho para mantê-lo aquecido e deixe a caixa com o pássaro em local seguro e aconchegante até ele ter força para voar.
Ligue para um Centro Especializado em Aves Silvestres e peça as devidas orientações, se mesmo assim, não se sentir seguro de alimentar o pássaro, uma opção é ligar e chamar a Guarda Ambiental de sua cidade para que encaminhe o pássaro à uma Entidade ou Centro especializado em aves silvestres.
A Divisão de Fauna Silvestre de São Paulo, passou as seguintes informações, quando contatei esse órgão para tirar essa dúvida:
Outra informação que obtive é que se o pássaro for filhote, pode-se utilizar uma papinha pronta específica para pássaros nessa fase e que é vendida em comércio de produtos para animais.
No caso de pássaros adultos, é necessário saber a espécie para dar uma papinha pronta à base do que ele se alimenta e que também é comercializada em casas de produtos para animais.
Isso irá depender da espécie do pássaro, variando de uma para a outra, por isso é importante conhecer a espécie, pois tem ave que não abre o bico, outras ficam de bico aberto pedindo comida. Por isso, o ideal é sempre entrar em contato com o serviço de proteção e assistência aos animais silvestres para obter maiores informações de como proceder em cada caso.
Se conseguir alimentar e cuidar do pássaro até ele ganhar força para voar, maravilha, você então poderá devolvê-lo para a Natureza e ele poderá sair voando!
Caso contrário, se o pássaro está abatido e amuadinho, mesmo o aquecendo e deixando ele em repouso, por algumas horas, encaminhe-o para ter assistência de especialistas em pássaros. Neste caso, recorra aos contatos fornecidos neste conteúdo, também, há a possibilidade de recorrer à um veterinário que preste essa ajuda de forma solidária, caso você não tenha como pagar.
No caso do pássaro estar ferido ou com alguma fratura, será necessário imobilizá-lo, enrolando-o em um tecido limpo, fazendo isso levemente e com delicadeza, e o resgatando para os devidos cuidados e realizando todas as orientações anteriores.
É bom lembrar, que prender e manter um pássaro saudável e que voa, vivendo dentro de uma gaiola é o destino mais nefasto e triste que se pode se dar para ele, afinal quem gosta de ficar em uma prisão encarcerado?
E para resguardar e proteger a liberdade desses seres alados que nasceram para voar, existe a Lei de Crimes Ambientais n.º 9.605/98, segundo à qual é ilegal capturar e manter aves e animais silvestres como animais de estimação, da mesma forma, criá-los e reproduzi-los em cativeiro, sem uma licença e amparo de órgão ambiental, como são autorizados, por exemplo, os Santuários de Animais Silvestres.
Depois que o pássaro estiver tratado e curado, ou seja, reabilitado, ele deve ser devolvido à Natureza. Caso ele tenha ficado com alguma sequela do ferimento ou fratura, como por exemplo, impossibilitado de voar, não poderá ser reinserido para a vida selvagem, então, será preciso encaminhá-lo à Santuários de Aves, Reservas Florestais, Ongs ou Entidades de Proteção de Animais Silvestres ou do Meio-Ambiente.
Segue algumas entidades e órgãos que prestam serviço de resgate de aves silvestres e encaminhamento para tratamento veterinário: Ibama, Guarda Municipal Ambiental e Centros de Manejo de Fauna Silvestre.
Em São Paulo, um órgão que é capacitado para o receber animais silvestres que precisam de socorro é Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), que faz parte do DEPAVE-3 – Departamento de Parques e Áreas Verdes)-Em São Paulo:
Esse órgão possui núcleos dentro dos Parques Ibirapuera e Anhanguera e esta entidade atende especialmente aves e répteis que são resgatados pela população.
Endereço: DEPAVE 3- Departamento de Parques e Áreas Verdes-Av. IV Centenário, Portão 7ª
Horário de Atendimento: Segunda a sexta-feira: das 8 h às 16h e Finais de semana e feriados: das 8 h às 12 h
Telefone: (11) 3885-6669 – Divisão de Fauna Silvestre – Através desse contato, os biólogos e veterinários podem tirar dúvidas e prestar orientações sobre diferentes situações envolvendo a fauna silvestre.
WhatsApp: (11) 96715 5424 – para esclarecimento de dúvidas e orientações.
Além desse órgão em São Paulo capital, existem outros espalhados no Brasil inteiro. Procure no teu estado. Segue uma lista de entidades no estado de SP.
Parque Municipal Fábio da Silva – Rua Santa Cruz, 105 -Centro
(19) 3542-3538 entrar em contato antes da entrega – Segunda à sexta – 08 h – 17 h
Estrada da Cabiúna, Km 001 (Prol. Da R. Sebastião Leite do Canto) – Água da Cabiúna CEP 19.800-121
apass_ong@yahoo.com.br – entrar em contato antes da entrega
Estrada Dr. Cícero Borges de Moraes, 3145 – Bairro dos Altos – Barueri/SP
(11) 4689 – 0314 – entrar em contato antes da entrega
Instituto Floravida Rodovia Eduardo Zuccari, Km 21,5 – Zona Rural
(14) 3811-3520 e (14)3815-4255 – entrar em contato antes da entrega – Segunda à sexta – 08 h – 17 h
UNIMONTE – Rodovia Anchieta Km 56,5 Parque Ecológico Cotia-Pará
(13) 3463-5418 – entrar em contato antes da entrega
Entregas por particulares: Segunda à quinta 09 h às 12 h – 14 h às 16 h
Entrega por órgãos oficiais: Segunda à sexta 09 h às 12 h – 14 h às 16 h
Emergências: Segunda à sexta 09 h às 12 h – 14 h às 17 h / Sábados 09 às 12 h
Av. São Francisco de Assis – 1000
(16) 3703-0454 – entrar em contato antes da entrega – Segunda à sexta – 08 h – 16:30 h
Rua Emilio Antonon, 1000 Jundiaí-SP
(11) 4815-5777 – entrar em contato antes da entrega – Funciona diariamente – 08 h – 18 h
Lorena – Flona Lorena – Rua Hermenegildo Antonio Aquino, s/n CEP 12612-360
(12) 3153-2063 – entrar em contato antes da entrega – Segunda à Sexta – 08 h – 12 h / 13 h – 17 h
Avenida Shishima Hifumi, 2911- Urbanova – CEP 12244000
(12) 3947-1000 – entrar em contato antes da entrega – Segunda à sexta – 08 h – 16:30 h
Av. IV Centenário, alt. – N. 1280 – Portão 7 A – Pq. Ibirapuera
(11) 3885-6669 – entrar em contato antes da entrega – Segunda à quinta 08 h – 16 h , Sexta-feira e véspera de feriado 08 h – 12 h
Av. Fortunata Tadiello Natucci, altura n° 1000, km 25 – Rodovia Anhanguera
(11) 3918-7192 – entrar em contato antes da entrega – Segunda à sexta – 08 h – 16 h . Sábados e Domingos – 08 h – 14 h e Feriados – 08 h – 12 h
Rua Guira Acangatara, 70 – Parque Ecológico do Tietê
(11) 2958-1482 – entrar em contato antes da entrega / Segunda à Sexta – 08 h -17 h
Rua Nova Aurora, 400 – Bairro S. Francisco – CEP 11600-000
(12) 3862-0214 e (12) 99752-5844 – entrar em contato antes da entrega de Segunda à sexta – 07 h – 16 h, Sábados, Domingos e Feriados – 07 h – 11 h
Sobre o papel destas entidades e órgãos em relação ao socorro de aves e animais silvestres, o biólogo e veterinário Francisco Miguel Conde, do DEPAVE-3, esclarece o seguinte para quem for socorrer um pássaro e recorrer à um desses órgãos públicos:
“Não podem negar socorro, porque todo animal silvestre é propriedade da União, portanto, é um dever de todo Estado zelar pelo bem-estar deles.”
No centro de manejo, por exemplo, os pássaros resgatados têm atendimento de emergência, tratamento, reabilitação, treino de caça e de voo e só depois são soltos em áreas verdes próximas de onde foram encontrados.
Antes de ganhar liberdade, as aves recebem um anel metálico na pata, com os dados dela, com a finalidade de monitoramento.
O site Catraca Livre pode dar depoimento sobre isso, pois, resgatou uma ave Asa Branca (uma espécie de “pomba silvestre”) , que estava com uma luxação leve na asa, ela foi encaminhada. para tratamento no centro veterinário do DEPAVE-3 e ficou lá por cerca de 30 dias, passando por reabilitação, após isso, a ave foi solta no Parque Anhanguera.
O Dr. Francisco Miguel Conde do DEPAVE, ainda alerta para quem for socorrer um pássaro:
“Na Primavera, principalmente, muitos filhotes caem do ninho ou acabam ficando perdidos, e a mãe em algum momento pode voltar, então, tirar o filhote de lá nem sempre é a melhor solução.”
Sendo assim, nesse caso observe e avalie se o filhote der sinais positivos que está reagindo e se recuperando, é melhor dar mais um tempo até ele conseguir voar, assim poderá estar em seu habitat e próximo de seus pais e irmãos, novamente.
Agora, com todas essas informações fica mais fácil socorrer nossos amigos de asas!
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Categorias: Animais, Informar-se
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