ONU pede um basta à comercialização de marfim


Nesse domingo (2), foi aprovada uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo aos seus países-membros que parem de comercializar marfim, medida cujo objetivo é preservar a vida de elefantes.

Os participantes da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Ameaças (CITES, na sigla em inglês), reunidos em Joanesburgo (África do Sul), consentiram com o documento, que pede ações legais e regulatórias que combatam a caça aos elefantes para o comércio de marfim. O documento, embora não tenha força de lei, é uma ferramenta que pressiona os países que ainda permitem o comércio de marfim.

Conforme denúncia feita em matéria de O Globo, a comercialização de marfim mata entre 20 mil e 30 mil elefante africanos anualmente. Essa prática acontece porque tem mercado comprador do produto, muitas vezes, ilegal. Na China e no Japão, embora haja mercados legais, ocorre, também, a comercialização ilegal, que se dá via o canal legal. Segundo Sue Lieberman, vice-presidente da ONG Wildlife Conservation Society: “Quando existem mercados legais para o marfim, são criadas oportunidades para a legalização do marfim no país”.

Nunca mais compre objetos de marfim

Quantas vezes compramos coisas inúteis? Quantas vezes compramos um produto sem pensar na forma como são produzidos? Pois devemos estar atentos à cadeia produtiva dos produtos que adquirimos, porque eles podem fazer parte de uma rede de negócios geradora de violência a seres humanos e animais.

Fique atento a produtos como colheres, brincos colares, teclado de piano, budas, pentes, pois são alguns objetos que podem parecer muito bonitos mas que são feitos de chifres de elefantes. Alguns chifres chegam a medir quase dois metros e valem milhões de dólares.

O relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza afirma que a população de elefantes da África caiu 20% entre 2006 e 2015, em decorrência, sobretudo, da caça ilegal em busca de marfim. De acordo com Sue, o tráfico de marfim está fora de controle, por isso, algo precisa ser feito urgentemente.

Embora a medida da ONU seja importante, ela regula, apenas, o mercado internacional, e não o doméstico.

Confira aqui o documento da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Ameaças em defesa dos elefantes.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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