Fechar os zoológicos no mundo inteiro é um sonho e a Costa Rica é a pioneira


Fechar os parques zoológicos é uma idéia que está aparecendo em alguns países e que parece estar aliada a um novo entendimento sobre o que é correto – se manter animais em cativeiro ou se é preferível abrir parques de biodiversidade onde se possam visitar os animais em seu próprio habitat.

A Costa Rica é o primeiro país a decidir fechar seus zoológicos e está pondo em prática esta nova forma agora que terminam os contratos com as organizações que operam de seus dois zoológicos, o Zoológico Simón Bolívar e o Centro de Conservação Santa Ana, que serão transformados em parques urbanos e jardins.

Segundo o Ministro de Meio Ambiente costarricense afirma, a Costa Rica pretende se desfazer das jaulas e reforçar a idéias de interação com a biodiversidade dos parques botânicos, de forma mais natural. Não querem mais os costarricences conviverem com animais cativos ou fechados, de nenhum modo, a não ser que seja em projetos de resgate ou salvamento animal.

A proposta engloba a soltura de aves, mamíferos, repteis e insetos em seus habitats naturais, nas vastas reservas florestais de que o país dispõe e, os animais que não pertencem aos ecossistemas costarricenses, deverão ser encaminhados a santuários de vida silvestre e centros de resgate.

A decisão da Costa Rica vem acompanhada de toda uma nova legislação local que visa impedir a vida em cativeiro de animais.

No entanto, a Fundazoo, fundação que dirige os zoológicos costarricenses, foi aos tribunais para impedir o fechamento dos zoológicos e, como afirma seu portavoz, Eduardo Bolaños, o contrato que têm foi prorrogado até 2024. Fica claro que é bastante difícil acabar com atividades que geram tantos lucros. Esperemos que Costa Rica vença.

Outros países também estão elaborando legislações próprias com esse objetivo, se bem que nenhum outro deu o passo de fechar seus zoológicos.

A Índia, por exemplo, se tornou já o maior país do mundo a proibir a exploração dos golfinhos, no que está junto com a Costa Rica, a Hungria e o Chile. Já nos EUA está estritamente regulamentada a manutenção de chipanzés em cativeiro.

Parece ser um novo paradigma que está em marcha, o de se proteger as espécies do cativeiro. Esperamos que o exemplo se estenda para mais países e mais espécies, não esquecendo a luta, em muitos países, contra a escravidão humana.

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Redação greenMe

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