Brasil e outros 5 países latinoamericanos e caribenhos, assinaram, junto com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Fundo para o Meio Ambiente Mundial (FMAM) um projeto de Manejo Sustentável de Pesca. Esse projeto é direcionado especificamente para a fauna acompanhante na pesca de arrasto na América Latina e Caribe e visa a gestão sustentável da pesca e a redução dos desperdícios na captura de camarões.
A pesca de camarões é feita com redes de arrasto que prejudicam o fundo do mar pois o revolvem, levantam lodo, retiram tudo o que encontram e, por outro lado, são redes de malha fina (as malhas para coleta de camarão são de 30 X 40 mm) e para cada quilo de camarão recolhido, retiram do mar outros 21 kg de outros animais como aponta este estudo da Unesp sobre os impactos ambientais da pesca de camarão.
Um dos objetivos do projeto, segundo a ONU, é acabar com a captura acessória, ou seja, daquela grande porção de espécies marinhas que sucumbem no arrasto e que não têm valor comercial, porém têm muito valor ambiental. Uma parte dos peixes capturados dessa forma é vendida nos mercados locais a preços baixos e outra, é descartada no mar, já morta.
Este plano também pretende incentivar boas reformas nas políticas nacionais do setor pesqueiro buscando a redução do descarte de camarões por baixa tecnologia de armazenagem como também, colocar em prática alternativas sustentáveis que ajudem à redução do desperdício dos peixes capturados aleatoriamente e devolvidos mortos ao mar.
Com essas medidas se lograrão melhorias significativas na vida das comunidades pesqueiras e o fortalecimento de suas organizações.
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Fonte e foto: unesp.br
Categorias: Animais, Informar-se
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