Com um sorriso no rosto em cada uma de suas fotos publicadas no Facebook, ela mostra seus “troféus” de caça. Girafas, búfalos, crocodilos, antílopes, somente para citar alguns. Sabrina Corgatelli, a estudante de contabilidade ítalo-americana, não poupa ninguém e segue desafiando a Savana.
A última “deusa da caça” dos dias atuais, independentemente das milhares de mensagens de insultos postadas em seus vários perfis, coloca em exibição grandes animais assassinados por pura paixão.
Em uma das imagens, a futura contadora aparece com um cudo morto, o primeiro animal da sua lista de mortos na Savana.
“Ontem foi o primeiro dia e maravilhoso. Eu peguei um belo cudo. É o primeiro na minha lista, eu o caçei no primeiro dia! Amo estar aqui”, escreveu no Facebook:
Em 31 de julho, a sua vítima foi um crocodilo. Sorrisos retratados ao lado do namorado Aaron Neilson, o caçador norte-americano que nos últimos dias defendeu o dentista que matou o leão Cecil no Zimbábue. “Era apenas um leão, a culpa é dos guias,” palavras suas.
“Que grande troféu e que (dia de) caça divertida”
Embaixo de cada foto postada no Facebook, os seus seguidores se dividem. A maioria deles não economiza insultos, ameaças e comentários de desprezo que, ao que parece não atingem Sabrina, que promete exibir outros “troféus”.
“Um warthog (javali-africano) de 13 polegadas!!! Que caça divertida!!! Amo estar aqui!! Os dias de safari na África do Sul me deram outro animal incrível”
Armas de caça cor-de-rosa e Corgatelli documenta suas façanhas em uma página do Facebook que tem quase 6.000 seguidores. E na plataforma de Zuckerberg existe ainda um evento social “de desaprovação à Sabrina Corgatelli“, abrindo uma batalha contra a killer.
Ao mesmo tempo que infelizmente a caça continua, da carnificina chegou a boa notícia de que Jericho, indicado em um primeiro momento como irmão de Cecil, o leão morto pelo dentista norte-americano Walter Palmer, está vivo.
“Jericho não morreu e tampouco era irmão de Cecil.”
Assim assegura o Zctf, Zimbabwe Conservation Task Force, a autoridade responsável pelos parques e pela vida selvagem no Zimbábue para acalmar as organizações de proteção dos animais e as pessoas na web, mostrarando uma imagem do leão vivo.
Mas que mal perguntemos: a caça ali é permitida? Sim, mas depois da morte de Cecil, ou melhor, da grande repercussão da morte do leão, as autoridades locais restringiram as regras relativas à caça e suspenderam imediatamente a caça a leões, leopardos e elefantes, exceto se pré-autorizadas pelo diretor-geral do Zimbabwe Parks and Wildlife Management Authority.
Que mal perguntemos? Por que não se proíbe de uma vez por todas qualquer tipo de caça em qualquer lugar que seja, sob qualquer tipo de animal? Obviamente há muito interesse financeiro nesse esporte (!?) de muito mau gosto.
Há quem cace também porque há quem permita a caça. Quem mal perguntemos, os 50 mil dólares recebidos pela caça ao leão Cecil irão ajudar a pobreza na África?
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