Em Aparecida, localizada no município paulista de São Manuel, ocorreu um interessante fenômeno: milhares de aranhas lotam o perímetro urbano e ficam alojadas em postes de luz ou em árvores da região. Isso, ao longo da manhã, pois ao entardecer, esses aracnídeos acabam por se desprender de suas teias e ficam flutuando ou caindo no chão, como uma verdadeira “chuva de aranhas“, nome dado por crianças e jovens ao ‘evento’.
Segundo especialistas em medicina veterinária, contudo, não se tratam de seres perigosos à saúde humana, embora contenham veneno de baixa potência, não são agressivas. Nenhum caso de picada de aranha foi relatado ao setor municipal de saúde.
Por sua docilidade, é chamada de ‘aranha social‘, por compartilhar sua teia com outras, à noite. A maior probabilidade é a de as aranhas serem parte da espécie Parawixia bistriata.
O acúmulo dos aracnídeos aterrorizou os moradores da pacata localidade, sobretudo na ocasião da ‘chuva‘.
A razão por muitas aranhas se alojarem na parte superior de postes seria devido ao fato de caçarem insetos que ficam próximos à iluminação, além de ficarem dispostas em extensos grupos e a luz facilitaria sua visibilidade, em relação a outras componentes do ninho. Inclusive, uma das principais funções da aranha, é a manutenção do equilíbrio ecológico no meio ambiente.
As aranhas são tão comuns em áreas como as do Cerrado brasileiro que, já foi constatado, certa vez, que diversas teias emaranhadas chegavam a atingir uma extensão de mais de mil metros, seguindo a própria fiação da eletricidade.
A grande saída da prefeitura foi buscar os ninhos maiores, porque, assim, um grande acúmulo de aranhas– em certos casos, chegando a conter mais de 200 – seria observado, tornando-se mais fácil a retirada dos aracnídeos.
Portanto, funcionários da manutenção municipal foram içados em gruas e apreenderam os ninhos em caixas plásticas. Foram levadas, com toda a segurança, para uma fazenda de cana de açúcar vizinha e colocadas entre as folhas.
Finalmente, a prefeitura aconselhou a população a manter seus quintais limpos, sem acúmulo de madeira ou outros elementos que possam servir de criadouros e/ou abrigos aos aracnídeos.
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