As mães orangotango amamentam seus filhotes até os 8-9 anos de idade. É de se admirar: no mundo humano, ainda existem pessoas céticas em relação aos benefícios do aleitamento, outras acham “mais do que suficiente” amamentar até os 6 meses ou, ainda, “absurdo” amamentar até os 2 anos ou mais, enquanto no mundo animal, os bichos vão muito, mas muito além destes preconceitos.
Um novo estudo, realizado pelo Departamento de Medicina Ambiental e Saúde Pública da Icahn School of Medicine em Mt. Sinai, revelou que os filhotes de orangotango são os que mais se alimentam com leite materno, dentre todos os outros primatas.
Pesquisas anteriores tinham descoberto que as mães orangotango amamentavam seus bebês por seis ou sete anos, mas o novo estudo ampliou a duração da amamentação em 1-2 anos.
Quando as frutas e outros alimentos são difíceis de encontrar, os jovens orangotangos se voltam às suas mães e complementam a dieta com leite materno.
Para o estudo, publicado na revista Science Advances, os pesquisadores mediram os níveis de bário nos dentes de quatro orangotangos em Bornéu e Sumatra, mortos anos antes e cujos dentes foram hospedados em museus zoológicos. Durante a lactação, os níveis de bário nos dentes são mais elevados.
Neste caso, verificou-se que os filhotes de orangotangos beberam exclusivamente leite materno durante o primeiro ano de suas vidas, em seguida, começaram o “desmame”, acrescentando frutas e outros alimentos. Mas quando a comida era escassa, eles recorriam ao leite da mãe até pelo menos os seus 8º ou até os 9º ano de vida.
“As transições alimentares durante os primeiros tempos refletem os aspectos fundamentais da vida dos primatas, da história e da evolução“, explicou Christine Austin, segunda autora do estudo. “Antes de estudar os modelos de nossos primos primatas, podemos aplicar estes resultados em estudos futuros em seres humanos. Este método pode ser usado para reconstruir as histórias alimentares do humano contemporâneo para estudar, de modo confiável e preciso, a relação entre dieta infantil e os resultados da saúde na infância ou na vida adulta, bem como seus efeitos sobre os modelos de crescimento populacional”.
Embora os benefícios da amamentação sejam bem conhecidos, e mesmo que a OMS recomende a amamentação até os 2 anos de idade, é, infelizmente, uma ideia generalizada a de, que depois de um certo período de tempo, o leite materno não é mais nutritivo.
Felizmente, as mães, cada vez mais conscientes e informadas, estão escolhendo o momento certo para cessarem de amamentar quando elas, e seus filhos, decidirem que chegou a hora.
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