Cãodomínio: porque todos têm direito a um abrigo


Uma casona comunitária para cachorro. Um verdadeiro cãodomínio!

Essa ideia foi colocada em prática na cidade de Ponta Grosa no Paraná por Joana Nabozny Jonson, uma protetora independente dos animais, com a ajuda de moradores sensíveis à causa animal. Mas como há sempre quem possa criticar (“absurdo com tanta gente na rua”, “ocupa muito espaço” ou “os cães são agressivos”, o pessoal pensou tão bem que estampou o número da lei que dá apoio à ideia:

No Paraná uma Lei Estadual (n°17.422/2012) institui o Cão Comunitário que prevê recolhimento, proteção e cuidados aos cães reconhecidos como comunitários, ou seja, de rua.

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Conta o jornal local, aRede, que existem 10 abrigos deste tipo instalados em diversos bairros de Ponta Grossa. A casinha da foto abaixo fica no bairro Jardim Florença:

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Em quase todos os bairros, e em todas as cidades, existem cães sem dono, abandonados, sem casa sem comida, que vivem muitas vezes da ajuda de um ou de outro que lhes dão água e comida. Mas eles estão sempre expostos ao sol, à chuva, às intempéries da natureza.

Vem aí o frio e no cãodomínio eles estarão protegidos. Olha que relax!

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As casinhas são feitas com a reutilização de materiais

“Eu e meu marido usamos sucatas de geladeiras e outros materiais de baixo custo para construir as casinhas”. “Nós vamos tentando ajudar como podemos, além das casinhas sempre buscamos castrações e tratamentos para os animais de rua” explica a protetora que se dedica aos animais em seu tempo livre.

Vandalismo x cuidado

E por incrível que pareça, apesar do lindo gesto e da grandeza do coração, e ainda não obstante o resguardo legal estampado nas casinhas, há quem atrapalhe o serviço com atos de vandalismo.

“Não fui eu que levei esses animais para lá [Jardim Florença], apenas ofereci um abrigo, com a ajuda dos moradores da região, inclusive castramos os três cães e medicamos, tudo por nossa conta”, contou a protetora para a reportagem do jornal.

Comunidade unida

Mas há também quem se disponha a fazer a “guarda animal” e Joana agora coloca as casinhas em lugares onde o pessoal, do bem, pode dar assistência aos animais.

Muito fofo e que a notícia sirva de exemplo, inclusive para as pessoas em situação de rua afinal, todos têm direito a um abrigo.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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