10/12: Dia Internacional dos Direitos Animais. Abaixo o Especismo


Em 1998 a ONG inglesa Uncaged criou o Dia Internacional dos Direitos Animais. O nome da ONG significa solto (fora da cela, da jaula, da gaiola).
A data é uma alusão à Declaração Universal dos Direitos Humanos, ratificada pela ONU em 1948, porque, claro, somos todos animais e sendo assim, somos todos merecedores  de direitos fundamentais como por exemplo, o direto à liberdade.
Animais, todos, são seres sencientes, capazes de sentir dor, alegria, tristeza… São sujeitos morais e como tais, têm direitos assim como nós.

Declaração Universal dos Direitos dos Animais

Você sabia que existe uma Declaração Universal dos Direitos dos Animais? O documento fora proposto pelo cientista Georges Heuse e aprovado pela UNESCO em 1978.
A Declaração prescreve, principalmente, que:

  • Todos os animais são sujeitos de direitos e estes devem ser preservados
  • O conhecimento e ações do homem devem estar a serviço dos direitos animais
  • Os animais não podem sofrer maus-tratos
  • Animais destinados ao convívio e serviço do homem devem receber tratamentos dignos
  • Experimentações científicas em animais devem ser coibidas e substituídas
  • A morte de um animal sem necessidade é biocídio
  • A morte de vários animais de uma mesma espécie é genocídio
  • Animais destinados ao abate devem sê-lo sem sofrer ansiedade e nem dor.

Especismo

Especismo é um termo que prega pela igualdade entre as espécies como fundamento da vida. Uma das afirmações que se destaca na Declaração dos Direitos dos Animais é  a de que “o respeito pelos animais, por parte do homem, está relacionado com o respeito dos homens entre eles próprios”.
Difícil para a espécie mais inteligente do planeta entender isso, sendo a espécie que mais discrimina e mata. Deveríamos nos envergonhar do nome sapiens inscrito no gênero Homo.
Especismo também tem a ver com aquela velha máxima: por que alguns animais a gente ama, outros a gente maltrata e mata para servir de alimento? Ou seja, por que comemos porco e não comemos gato?
Porque é uma questão cultural! Simples assim e isso é uma muleta para nossa (in) consciência seguir achando que tal discriminação  é normal, porque cultural.
Na Itália comem cavalos, na China comem de tudo, no Brasil comem porco mas comer cachorro é nojento.

A verdade é que nós amamos certos bichos fofos e fazemos de conta que outros “merecem” o sofrimento, para satisfazem nosso prazer carnal por picanha.
É hora de assumirmos a nossa vaidade, o nosso egoísmo, a nossa incoerência, ou parar de fricote e assumir o óbvio ululante: todo animal sente dor.
Não é justo prender uns e libertar outros.
Todo animal tem sua importância na biodiversidade da Terra. Não é justo odiar e matar uns, e venerar outros.
Pensem nisso e feliz Dia Internacional dos Direitos Animais.
Go vegan!
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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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