DRAGÃO-DE-KOMODO: 10 Fatos Interessantes Sobre o Maior Lagarto do mundo


O Parque Nacional de Komodo, na Indonésia, comemora 37 anos. Um verdadeiro paraíso. Desde 2011 a área é considerada uma das Novas Sete Maravilhas Naturais do Mundo. Ali vivem os dragões-de-Komodo, criaturas fortes, mas, ao mesmo tempo em perigo.

O Parque Nacional de Komodo está localizado no centro de um arquipélago constituído por três ilhas vulcânicas. A paisagem é diferente de qualquer outro lugar, da savana seca às florestas exuberantes, tudo rodeado por praias de areia branca e águas cristalinas.

Embora o Parque Nacional de Komodo tenha sido criado para proteger a vida de 5.700 dragões-de-Komodo, os últimos do planeta, a área também abriga outros animais nativos. Além do cervo de Timor, a principal fonte de alimento para o dragão-de-Komodo, as ilhas são também o lar de mais 72 espécies de aves, como as cacatuas Sulphurea, porcos do mato, macacos e outros animais menores. Milhares de espécies de peixes nadam nas águas circundantes bem como tartarugas marinhas, golfinhos e baleias.

1. Lagartos gigantes

Os dragões-de-Komodo são os maiores lagartos que ainda vivem no nosso planeta. Os machos adultos podem alcançar os 3 metros de comprimento e os 250 kg de peso e, as fêmeas são um pouco menores.

2. Comida de lagarto

Os dragões-de-Komodo são carnívoros – comem carniça e caçam animais (desde pequenos mamíferos e répteis até búfalos). Em uma só refeição podem ingerir até 80% do seu peso. Sua digestão é acelerada pelo sol mas, seu metabolismo é lento. Com 12 refeições destas ao ano, esse animal fica bem.

3. Rastreadores competentes

Esses lagartões são capazes de rastrear uma carniça ou animal moribundo em um raio de até 9,5 km. Mas, eles não sentem os cheiros com o nariz e sim com a língua, bifurcada como a das cobras e outros lagartos – com a língua eles captam as moléculas de ar e sentem seu sabor. Porém, sua audição não é das melhores. Os dragões-de-Komodo só são capazes de ouvir sons entre os 400 e 2.000 hertz

4. Pele dura, sensível e de cores diversas

A pele do dragão-de-Komodo é coberta por escamas reforçadas com tecido ósseo e ligadas aos nervos por placas sensoriais – com esta estrutura, o lagartão é super sensível ao tato. Sua pele apresenta cores bem diversificadas – amarelo, vermelho, azulado e as misturas entre essas cores podem ser encontradas no lombo dos dragões.

5. Lagartos jovens vivem nas árvores

Eles nascem de ovos após quase 8 meses de incubação. Já nascem na época dos insetos, sua primeira alimentação e, como são frágeis, os lagartinhos sobem nas árvores para se protegerem, especialmente, dos lagartões adultos que, muitas vezes, são canibais.

Quando um lagarto jovem pretende comer uma carniça, primeiro ele se esfrega em fezes e restos de tripas (cheiros que não agradam aos adultos) para não ser confundido com “carne boa”).

O Dragão-de-Komodo amadurece em 5 anos e vive por até 50 anos.

dragao de komodo 2

6. Dragões-de-Komodo só existem na Indonésia

Mas, antigamente também existiram na Austrália de onde, se supõe, sejam originários. Alguns estudos até propõem a sua reintrodução (biólogo australiano Tim Flannery) no continente australiano como medida para reequilibrar um ecossistema onde faltam grandes predadores, o topo da cadeia alimentar – medidas assim são muito questionáveis pois o Dragão-de-Komodo também pode atacar pessoas.

O habitat atual do Dragão-de-Komodo são apenas cinco ilhas do Parque Nacional de Komodo: Komodo, Rinca, Gili Montang, Gili Dasami e as Ilhas Lesser Sunda.

7. O dragão é forte mas, está em risco

Esta é uma espécie vulnerável à extinção, já incluída na Lista Vermelha da IUCN. Os dragões-de-Komodo são ameaçados por vulcões, terremotos e o desmatamento que empurra a fronteira agrícola destruindo habitats. Outros fatores de ameça são os incêndios que contribuem para a diminuição de disponibilidade de caça natural e o turismo com caça furtiva.

8. Quando têm fome, podem atacar as pessoas

Normalmente os dragões-de-Komodo não têm atitude agressiva a não ser que estejam famintos, claro. As comunidades que residem nas ilhas do parque sempre ofertaram cabras e outros animais já mortos (carcaças) para a alimentação dos dragões. Esse ato ajudou a manter os dragões longe das zonas mais populosas e até dos rebanhos domésticos. Porém, a proibição de ofertar carniça (motivada por grupos ambientalistas em defesa das cabras), promoveu o desequilíbrio e, novos ataques a humanos (crianças são as mais vulneráveis, claro).

9. A mordida do Dragão-de-Komodo é tóxica

Sim, é muito difícil sobreviver a uma mordida de dragão-de-Komodo a não ser que seja feito atendimento imediato da pessoas, ou animal, com limpeza, esterilização e antibióticos. Acontece que o dragão-de-Komodo tem, na boca, a maior colônia de bactérias altamente patogênicas que se conhece, causadoras de septicemia que leva à morte em poucos dias. Em ataques a humanos se comprovou porém, que não só as bactérias são perigosas – a baba do dragão é tóxica também, provocando gangrena e dores excruciantes.

10. Ovos de dragão-de-Komodo não fertilizados, geram filhotes machos

Partenogênese se chama este fenômeno de reprodução no qual são chocados ovos não fertilizados que se reproduzem e geram embriões por duplicação celular – um mecanismo que algumas espécies possuem para evitar a extinção por falta de machos na região. A fêmea adulta pode, sem contato com o esperma masculino, botar ovos viáveis (na verdade, só os ovos com machinhos são viáveis, dois cromossomos ZZ) o que permitirá, na próxima geração, que as fêmeas tenham machos adultos para a procriação.

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Redação greenMe

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