Ameaçada de extinção no Brasil, a ararinha-azul é uma espécie (Cyanopsitta spixii) que preocupa enormemente os especialistas e ecologistas. Mas há razões para comemorar: o último registro de nascimento da ave havia sido realizado em 2000; agora, em 2014, há novos filhotes da espécie.
Segundo dados do ICMBio – Instituto Chico Mendes – o nascimento dos filhotes se deu em um criadouro no interior do estado de São Paulo, no fim de outubro de 2014. As aves tem 10 semanas de idade e seu nascimento se deve a um esforço dos pesquisadores em aumentar a população de tais animais no habitat natural.
Os cuidados de alimentação e saúde, que no início eram dados pelos pais, agora ficam a cargo dos veterinários. A mãe das ararinhas é Flor, que foi também gerada em cativeiro, em 2000 – o último ano em que houve reprodução assistida dos animais.
Agora estão em estudos o material genético das aves, para definição do sexo e, posteriormente, seus nomes serão dados através de votação pública.
A espécie Cyanopsitta spixii faz parte da família de psitacídeos –originários da área de Curaçá, na Bahia –, com patas de dois dedos que ficam virados para a parte da frente e outros dois, para trás. Sua alimentação é, primordialmente, de sementes e de frutas e seu bico tem a função de escalar e subir em galhos, servindo como apoio.
Contribuíram para extinção da espécie tanto a caça feita de forma ilegal, quanto o desmatamento e degradação ambiental. Sua captura se tornou tão descontrolada e comum, que o animal sumiu completamente da natureza.
Dados oficiais atestam existir 92 aves em cativeiro, sendo que apenas 11 dessas em território nacional. Estima-se que 6.500 delas vivam na natureza, entre Cerrado, Amazônia e Pantanal.
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Fonte foto: rio.wikia
Categorias: Animais, Informar-se
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