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Se você acha que já viu de tudo em termos de animais estranhos, e que poucas coisas podem te surpreender, eis que surge a Metagryne bicolumnata, uma espécie de aracnídeo com cabeça de cachorro, coelho ou lobo – dependendo do ponto de vista – que parece ter saído de um livro sobre criaturas míticas e sobrenaturais. Vamos explorar alguns fatos interessantes sobre essa espécie.
A floresta amazônica equatoriana, uma das regiões com maior biodiversidade do planeta, é o habitat da Metagryne bicolumnata. Durante as épocas quentes, ela é normalmente encontrada sob troncos, em cavernas, fendas, pilhas de folhas e debaixo de rochas em ambientes úmidos.
A Metagryne bicolumnata recebe a seguinte classificação científica:
Apesar da Metagryne bicolumnata ser um aracnídeo e possuir oito patas, trata-se de um opilião (ordem Opiliones), uma ordem dentro da classe Arachnida, mas separada e não diretamente relacionada com as aranhas, apesar de terem semelhanças superficiais e serem frequentemente confundidos com aranhas (ordem Araneae, da mesma classe Arachnida).
A Metagryne bicolumnata apresenta uma aparência peculiar e cativante. Suas cores variam de marrom-escuro a preto, com detalhes contrastantes em branco ou amarelo em seu corpo e pernas.
O tamanho dessa espécie geralmente varia de alguns milímetros a cerca de um centímetro, tornando-a relativamente pequena.
Ela possui oito perninhas finas, compridas e amarelas, além de um cefalotórax (cabeça e tórax) que lembra a cabeça de um cachorro. Sua forma enigmática e escura pode ser uma estratégia de defesa para parecer maior e mais intimidadora para os predadores.
Por ser um opilião, essa espécie não produz seda e, portanto, não tem a habilidade de fiar e tecer teias. Em vez disso, vive e se reproduz sob pedras e troncos. Ela é encontrada deslocando-se em ambientes de baixa vegetação, entre as folhas e galhos.
Em relação à alimentação, a Metagryne bicolumnata prefere principalmente materiais vegetais e animais em decomposição, em vez de perseguir presas. Além disso, pode se alimentar de pequenos invertebrados, tais como fungos, pulgões, besouros, lagartas, minhocas, moscas, ácaros, pequenas lesmas, caracóis e até mesmo aranhas.
A época de reprodução dessa espécie vai do final do verão ao início do outono.
Após o acasalamento, a fêmea deposita seus ovos sob pedras, em fendas no solo, sob musgo, terra, cobertura morta ou cavidades sob a casca das árvores.
Veja, nesta série de slides publicada no Flickr do fotógrafo e naturalista Andreas Kay, cenas da Metagryne bicolumnata:
Apesar de sua aparência intimidante, a Metagryne bicolumnata não é venenosa e tende a evitar confronto direto, portanto, é inofensiva para os humanos.
Este vídeo, que é mais um registro do fotógrafo de vida selvagem, biólogo e naturalista Andreas Kay, mostra a movendo-se Metagryne bicolumnata em meio à natureza:
A espécie Metagryne bicolumnata se destaca como uma das criaturas mais curiosas e singulares do reino aracnídeo, com sua aparência única e comportamento intrigante. Compreender e valorizar esta espécie é de vital importância para a conservação da biodiversidade nos ecossistemas tropicais.
Fontes:
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Categorias: Animais
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