Decisão Drástica na Austrália: Helicópteros Para Matar 16.000 Cavalos


A Austrália está prestes a executar um plano polêmico que envolve a eliminação de cerca de 16.000 cavalos selvagens, conhecidos como “brumbies”, no Parque Nacional Kosciuszko. Essa decisão está gerando considerável debate e polêmica em todo o país. Saiba mais.

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A ação planejada é a erradicação desses cavalos por atiradores posicionados em helicópteros. A medida é vista como um último recurso para conter a crescente população de brumbies, que são descendentes de cavalos introduzidos na Austrália por colonos europeus no século XVIII.

Com uma taxa de crescimento anual estimada entre 15% e 18%, os brumbies ameaçam o frágil ecossistema dos Alpes australianos, uma região já devastada pela introdução de espécies exóticas.

A matança por helicópteros é uma técnica controversa que foi usada uma vez em 2000, resultando no abate de 600 cavalos em apenas três dias. No entanto, a intensa polêmica que se seguiu levou à suspensão dessa prática. Agora, com a aprovação da Ministra do Meio Ambiente de Nova Gales do Sul, Penny Sharpe, o governo planeja reduzir a população de brumbies para um máximo de 3.000 exemplares até o final de junho de 2027.

A decisão está fundamentada na necessidade de proteger a flora e fauna nativas da região, já seriamente ameaçadas pelo pastoreio dos cavalos, erosão do solo e outros impactos ambientais.

Como encontrar um equilíbrio?

A magnitude dessa matança é alarmante, mas os defensores da ideia argumentam que não existem alternativas viáveis. A pressão sobre o ecossistema alpino é tão intensa que espécies nativas estão à beira da extinção, e o ambiente alpino em si está em risco. Essa questão delicada levanta preocupações sobre como encontrar um equilíbrio entre a conservação da natureza e o controle de espécies invasoras e seus efeitos prejudiciais.

A decisão é controversa e coloca em evidência o impacto humano nas espécies e ecossistemas em todo o mundo. Ou seja: é importante notar que a culpa não recai sobre os cavalos selvagens, mas sim sobre a interferência humana. São as ações humanas que transferiram espécies para novos habitats ou causaram mudanças no ambiente, resultando na proliferação de espécies “alienígenas invasoras”.

Essas ações muitas vezes desestabilizam os ecossistemas naturais, prejudicando espécies nativas. Os brumbies, nesse contexto, são apenas animais que buscam sobreviver no ambiente que os humanos disponibilizaram para eles. A situação da Austrália ressalta a importância de abordar questões complexas de conservação ambiental com sensibilidade e consideração para todos os envolvidos, humanos e animais. O debate sobre como lidar com espécies invasoras em todo o mundo continua, enfatizando a necessidade de encontrar soluções equitativas e sustentáveis que preservem o meio ambiente e respeitem todas as formas de vida.

Fonte e foto: Fanpage

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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