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Mais uma triste e nefasta consequência do aquecimento global. Estima-se que cerca de 900 mil pinguins-reis tenham desaparecido do atlântico-sul na Antártida e a culpa foi atribuída ao desequilíbrio ambiental causado pelo aquecimento elevado da temperatura terrestre.
Agora os cientistas investigam o que aconteceu com esses pinguins e para onde eles podem ter ido, se é que houve migração. Infelizmente a hipótese mais trabalhada é que tenham morrido.
Em março de 2018, a BBC publicou que cerca de 1,1 milhão de casais de pinguins-rei do Atlântico Sul estavam em risco porque, segundo os cientistas, o aquecimento progressivo da temperatura estava alterando a paisagem e, como consequência, aumentando a distância entre o local de reprodução e o local que as aves têm que ir para se alimentar.
Ou seja, à medida que aumenta a distância entre a comida e os filhotes, mais difícil e demorado o retorno e todos sabem, a fome mata e a ausência também, porque os filhotes ficam desprotegidos de predadores.
Os pinguins podem percorrer distâncias de até 70 quilômetros sem comprometer a ninhada.
O estudo foi feito pelo CNRS, Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, da Universidade de Estrasburgo, que constatou que os pinguins normalmente utilizam uma região chamada Frente Polar Antártica (águas ricas em nutrientes) para se alimentar, mas o aquecimento da temperatura está empurrando essa frente em direção ao polo, fazendo aumentar as distâncias, o que leva os pinguins a uma difícil situação: ou se realocam ou desaparecem.
A pesquisa ainda apontou que a velocidade das mudanças era grande e que não estava dando tempo dos pinguins se adaptarem como antigamente, onde há registros genéticos de alterações significativas conforme o tempo e ambiente, mas agora, era diferente.
Dois anos depois, a previsão tornou-se realidade e cerca de 900 mil pinguins-reais sumiram sem deixar rastro do Arquipélago subantártico de Crozet (entre Madagascar e a Antártida), ilha onde era havia milhares de aves e agora está completamente vazia.
A constatação foi feita pela CNRS, que retornou ao local, no final de 2019.
Agora a corrida é para saber o que aconteceu com esses pinguins.
Algumas hipóteses como doenças, predadores naturais e migração para outros locais foram descartadas e os cientistas concluíram que os pinguins morreram.
Doença e predadores deixariam rastros, seria possível identificar um aumento populacional dos predadores capazes de exterminar milhares de aves e quanto a migração, poderia ser verificada por imagem de satélite, assim, a única opção e a mais triste, é que os pinguins estão mortos.
Para explicar as mortes dos pinguins, os cientistas retomam à pesquisa que sugeriu que o aumento da temperatura do planeta está afastando a comida das aves, afetando seu habitat natural e trazendo enormes desequilíbrios ambientais e dizimação de espécies.
A boa notícia é que existem cerca de 3,2 milhões de pinguins na região antártica e os pinguins-rei não correm risco imediato de extinção. A má notícia é que metade das espécies de pinguins do mundo está ameaçada de extinção.
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Categorias: Animais em extinção, Informar-se
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