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O garimpo ilegal provocou 90% das mortes por conflitos em 2021, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Milhares de indígenas seguem sendo o alvo principal desta guerra na Amazônia. A verdade é que, o ouro ilegal sai da Amazônia, e termina no seu celular ou computador.
Empresas como a italiana Chimet e a brasileira Marsam, têm material extraído de garimpos clandestinos.
Segundo uma investigação da Repórter Brasil, o ouro manchado de sangue indígena chega até as 4 empresas mais valiosas do mundo:
Elas fazem parte de uma associação, chamada RMI, que audita a refinadora Marsam e que, em parceria com a LBMA, dá um selo de qualidade para a Chimet.
Estas gigantes da tecnologia compraram, em 2020 e 2021, o metal de diversas refinadoras, entre elas a italiana Chimet, investigada pela Polícia Federal por ser destino do minério extraído de garimpos clandestinos da Terra Indígena Kayapó, e a brasileira Marsam, cuja fornecedora é acusada pelo Ministério Público Federal de provocar danos ambientais por conta da aquisição de ouro ilegal.
A Chimet é a quadragésima quarta maior empresa italiana em faturamento.
A Polícia Federal quebrou o sigilo e identificou transferências de R$ 2,1 bilhões da empresa italiana para a brasileira CHM, entre 2015 e 2020, como pagamento pela compra do metal.
De acordo com a PF, a a CHM, é uma empresa comandada por dois italianos que moram no Brasil, e que compra grande parte do ouro ilegal da TI Kayapó.
37 % do metal que circulou nos EUA em 2019 foi destinado a produtos eletrônicos.
Enquanto as quatro principais empresas de tecnologia lucraram, juntas, US$ 74 bilhões somente no quarto trimestre de 2021, elas parecem não se preocupar com a real origem do ouro que utilizam, nem com os conflitos que ele pode estar alimentando em território brasileiro.
Apesar do silêncio das empresas de tecnologia, seus slogans revelam as melhores intenções de sustentabilidade, transparência e responsabilidade socioambiental.
Do tipo:
“Trabalhamos para proteger o meio ambiente”.
Talvez não exista para onde correr.
O seu celular, carro, a sua câmera ou um filme que você assiste vêm de empresas que podem estar adquirindo ouro de terras indígenas brasileiras.
LEIA A REPORTAGEM COMPLETA AQUI
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Categorias: Ambiente
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