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Os microplásticos estão sem limites.
Praticamente tudo está contaminado com estas minúsculas substâncias presentes até no nosso sangue.
Agora, foi descoberto que até as teias de aranha estão hospedando a poluição plástica.
Além dos microplásticos estarem dentro do nosso organismo, estes pequenos fragmentos podem viajar pelo ar.
Pesquisadores alemães submeteram várias teias de aranha coletadas na rua a testes de laboratório, descobrindo que todas estavam contaminadas com microplásticos.
A cientista Barbara Scholz-Bottcher, explica:
“As aranhas são encontradas em todo o mundo, inclusive nas cidades. Suas teias pegajosas podem parecer um incômodo de pesadelo quando você passa por uma delas, mas acabam sendo uma mercadoria orgânica brilhante para monitorar a contaminação por partículas na atmosfera urbana”.
Todas as teias de aranha submetidas a um teste de laboratório para microplásticos estavam contaminadas.
Até 10% do peso das teias de aranha era composto de pedaços microscópicos de plástico que permaneciam grudados.
Essas partículas poliméricas, que incluem todos os pedaços de plástico com menos de 5 milímetros de comprimento, possuem a capacidade de flutuar na atmosfera e até mesmo se deslocar de um continente para outro por meio de ventos e correntes.
Os microplásticos também foram encontrados nos lugares mais primitivos e remotos do planeta, como no fundo do mar e nos picos mais altos da Terra.
A quantidade das partículas encontradas dependeu da posição das teias de aranha.
Os pesquisadores esperavam encontrar vários compostos poluentes nas teias urbanas. Os mais comuns foram várias formas de PET (tereftalato de polietileno), dos quais o polímero dominante foi o C-PET (36%), provavelmente derivado de fibras têxteis.
Concentrações significativas de partículas relacionadas ao desgaste de pneus (TWPs) e cloreto de polivinila (PVC) também foram encontradas.
Esses resultados confirmam mais uma vez a difusão da contaminação plástica no meio ambiente, com potenciais efeitos na nossa saúde e na dos ecossistemas.
As teias de aranha têm sido usadas para fins de testes ambientais como esse há pelo menos 30 anos, mas esta é a primeira vez que foram examinadas para microplásticos.
Os detalhes da pesquisa “Plastic in the air?! – Spider webs as spatial and temporal mirror for microplastics including tire wear particles in urban air” podem ser encontrados AQUI.
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Categorias: Ambiente
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