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A estrutura desigual da sociedade afeta milhares de pessoas. Para além da questão econômica, os aspectos de higiene básica e de moradia também acarretam o aumento dessa porcentagem a cada ano.
Nas periferias, é possível observar solo degradado, ausência de asfaltamento, entre outros pontos que chamam atenção para a experiência de vida de quem mora nesses lugares.
Apesar de pouca visibilidade e discussão, o racismo ambiental se relaciona com a discriminação de grupos minoritários, uma vez que tais grupos são penalizados por situações de degradação ambiental, sem assistência de políticas públicas na maior parte dos casos.
O termo se refere à injustiça ambiental no contexto racial e étnico.
O racismo ambiental também é compreendido como discriminação racial no cumprimento de leis e de seus regulamentos, visto que há uma maior quantidade de depósito de rejeitos tóxicos e instalação de indústrias de agentes poluidores nas periferias.
Os grupos minoritários que vivem nas periferias, e consequente a população negra, é a mais afetada pela situação. Tornam-se vítimas do racismo ambiental por serem pobres e, historicamente, invisíveis socialmente. Nesse contexto, a batalha por visibilidade, consequente da injustiça social se torna mais um peso árduo em suas lutas diárias.
“Quanto mais resíduo, quanto mais maltratado for o ambiente e quanto mais você despejar dejetos nesses lugares, mais você consolida essa situação de desigualdade e discriminação absurda”, explica Marcos Bernardino de Carvalho, professor de Gestão Ambiental da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.
A falta de investigação em territórios que não possuem saneamento básico também indica a vulnerabilidade social e invisibilidade da problemática.
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Categorias: Ambiente
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