Brasil é contra reduzir consumo de carne por causa da mudança climática


A realização da COP-26, na cidade escocesa de Glasgow, está sendo precedida por um amplo debate entre as nações participantes. O evento é promovido pela ONU e ocorre a partir de 31 de outubro de 2021.

Os debates prévios à preparação da COP-26

A preparação dos temas a serem apresentados na COP-26 conta com amplas discussões pelos países que participarão do encontro.

O fórum de debates e apresentações de proposituras foram conduzidos no sexto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – IPCC, que faz parte do conjunto de documentos de referência da COP-26 para a discussão das mudanças climáticas.

Brasil contra a redução do consumo de carne

O Brasil se posiciona contra redução de produção e consumo de carne, o que foi sugerido no documento como forma de reduzir o aquecimento global, visto que como todos sabem, o desmatamento está atrelado à pecuária pois derrubam árvores para dar lugar a pastos, além da questão da emissão do gás metano pelos animais.

Para mitigar o aquecimento global, tentando manter o aumento das temperaturas abaixo dos 1,5, máximo 2°C, é preciso incrementar modelos de alimentação mais naturais, com uso de produtos de origem vegetal em substituição às proteínas animais.

O Brasil discorda dessa redução por defender que a pecuária tem sido integrada a práticas de conservação do solo e, equivocadamente, sustenta que o consumo de proteína animal traz nutrientes importantes ao organismo, não sendo substituído facilmente.

A posição do Brasil como grande produtor mundial de proteína animal é a de não ceder nesse ponto na COP-26, tendo ainda o apoio de outros produtores do continente como Argentina e Uruguai.

A BBC teve acesso exclusivo a mais de 32 mil comentários e críticas que governos, empresas e outras instituições fizeram ao relatório do IPCC. Leia aqui a reportagem completa.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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