Alemanha anuncia corte de verba para preservação da Amazônia e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro rebate: “o Brasil não precisa desse dinheiro”.
O aumento do desmatamento na Amazônia vem repercutindo no mundo inteiro e já se traduz em abalos nas relações políticas e econômicas. Neste sábado (10), o governo alemão anunciou ao jornal Tagesspiegel a suspensão de 35 milhões de euros, o equivalente a 155 milhões de reais, que seriam destinados a projetos de preservação da floresta.
Nas palavras da Ministra do Meio Ambiente do país, Svenja Schulze, a decisão
“reflete a grande preocupação com o aumento do desmatamento na Amazônia brasileira”. Para ela, a atual política do governo brasileiro para o meio ambiente “deixa dúvidas se ainda se persegue uma redução consistente das taxas de desmatamento”.
Segundo a nota publicada pela embaixada alemã no Brasil, a suspensão de recursos refere-se somente a novos projetos financiados pelo Ministério do Meio Ambiente. Não há corte para projetos financiados pelo Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento, incluindo o Fundo Amazônia.
De acordo com o ministério do Meio Ambiente da Alemanha, desde 2008, quando foi criado o Fundo Amazônia, o país europeu destinou 425 milhões de reais para projetos de preservação florestal. Schulze declarou que a decisão pode ser revista caso o governo brasileiro esclareça a questão.
No entanto, ontem, domingo (11), Jair Bolsonaro, questionado sobre o assunto, disse aos jornalistas que o Brasil não precisava do dinheiro da Alemanha.
A resposta ganhou repercussão ainda neste domingo: o mesmo Tagesspiegel publicou uma manchete com a declaração do presidente do Brasil e aproveitou para relembrar os discordâncias entre o alto escalão do governo brasileiro e a diretoria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que culminaram com a exoneração de Ricardo Galvão.
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Categorias: Ambiente, Informar-se
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