O relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) da ONU, publicado esta semana, alerta aos quatro ventos que o consumismo humano é responsável pelos desequilíbrios climáticos.
Esse relatório ainda diz que o aquecimento global está se desenvolvendo mais rápido do que o previsto, a ponto de intensificar ainda mais, já na próxima década, as alterações climáticas.
A previsão do relatório do IPCC é que, se a situação continuar como está, as temperaturas irão subir mais de 1,5°C, trazendo condições insustentáveis e alterações climáticas extremas generalizadas.
Segundo os cientistas envolvidos na elaboração deste relatório, a maior desencadeadora de todo esse desequilíbrio é a atividade humana. Alguns dos efeitos destrutivos disso são inevitáveis e, diga-se de passagem, já estamos vendo se concretizarem, como por exemplo:
Como evidenciado pelo IPCC, que é especializado em ciência do clima, ficou claro que é preciso tomar medidas urgentes como:
Empresas, governos e cidadãos precisam agir, antes que seja tarde demais!
Veja nesta reportagem da Band Jornalismo como a crise climática vem ocorrendo:
Para evitar que as alterações climáticas fiquem ainda pior e se tornem um colapso ambiental, o IPCC alerta para que sejam realizadas ações para promover urgentemente as reduções dos gases do efeito estufa ainda nesta década.
Esse é o 6º relatório do IPCC, desde 1988, reunindo o trabalho de centenas de especialistas e estudos de revisão, e que levou oito anos para ser elaborado.
Os líderes e governantes mundiais se deram conta que este alerta traz a necessidade de novas e urgentes medidas políticas e econômicas, que tenham como base reduzir as causas do aquecimento global.
Pensando nisso, governos de 197 países e líderes da ONU se reunirão no mês de novembro desde ano, no evento Cop26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), em Glasgow, Reino Unido para tratar sobre a crise climática.
O objetivo da Cop26 é traçar planos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa a um nível que limite o aquecimento global a uma temperatura não superior a 1,5 ° C.
António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou
“[Este relatório] é um código vermelho para a humanidade.
Os alarmes são ensurdecedores e as evidências são irrefutáveis: as emissões de gases de efeito estufa da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento estão sufocando nosso planeta e colocando bilhões de pessoas em risco imediato.”
Ele recomenda pararmos com a criação de novas usinas de carvão e de exploração e também com o desenvolvimento de novos combustíveis fósseis. E, que ao invés disso, governos, investidores e empresas canalizem seus esforços em ações que promovam o baixo uso do carbono.
Guterres ainda alertou:
“Este relatório deve soar como uma sentença de morte para o carvão e os combustíveis fósseis , antes que destruam nosso planeta.”
Mesmo que sejam feitos esforços que consigam estabilizar o aquecimento a 1,5 ° C, alguns impactos de longo prazo já estão em curso e tendem a ser irreversíveis.
Assista essa outra reportagem do noticiário CNN Brasil, mostrando o que os especialistas dizem a respeito do alerta do IPCC:
Se não for feito o que é necessário fazer, quem sairá perdendo nessa história é a própria humanidade, porque se as alterações climáticas se intensificarem mais ainda, a vida neste planeta ficará insustentável para a espécie humana, correndo o risco de entrar em extinção.
Nesse contexto, não são só os governos e empresas que precisam tomar medidas, mas cada um de nós.
Somos 7,874 bilhões de pessoas neste planeta, por isso é preciso também agir individualmente para evitar mais devastação ambiental.
Saiba como cada um de nós pode ajudar a conter o avanço do aquecimento global nos conteúdos:
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Categorias: Ambiente
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