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Heróis da Terra: pessoas que se distinguem por lutarem pela vida no planeta merecem ser premiadas. É isso que faz o Goldman Environmental Prize. Conheça os vencedores deste ano.
O Goldman Environmental Prize é conhecido como “prêmio Nobel do meio ambiente”. Os premiados são heróis escolhidos nas regiões continentais da Terra: África, Ásia, Europa, Ilhas e Países Insulares, América do Norte e Américas do Sul e Central.
O prêmio é um reconhecimento à algumas pessoas que, com grandes esforços e muitas vezes colocando suas próprias vidas em risco, buscam proteger a vida na Terra,
Por meio deste reconhecimento, o prêmio busca também inspirar outras pessoas a realizarem ações em prol da vida em comum, inspirando todos nós a agirmos para proteger nosso planeta.
Além de reconhecimento e instrução (capacitação e networking), os premiados também recebem apoio financeiro para perseguirem em seus projetos.
O troféu é um Ouroboros feito de bronze. O Ouroboros é uma serpente que morde a própria cauda, representando os ciclos da vida, a eternidade e o poder de renovação da natureza.
Em 2021, os premiados são 5 mulheres e 1 homem.
A defesa do meio ambiente é cada vez mais feminina. Não à toa existe o termo ecofeminismo e não à toa a natureza é mãe!
Os premiados 2021 são:
Todas essas pessoas são
“líderes com potencial para inspirar outras pessoas comuns a realizarem ações extraordinárias para proteger a Terra.”
Conheça o trabalho de cada um deles:
Em setembro de 2019, Sharon Lavigne, uma professora de educação especial que se tornou defensora da justiça ambiental, interrompeu com sucesso a construção de uma fábrica de plásticos de US$ 1,25 bilhão ao longo do rio Mississippi em St. James Parish, Louisiana.
Lavigne mobilizou oposição popular ao projeto, educou membros da comunidade e organizou protestos pacíficos para defender sua comunidade predominantemente afro-americana.
A fábrica teria gerado um milhão de libras de resíduos líquidos perigosos anualmente, em uma região que já luta contra agentes cancerígenos e poluição tóxica do ar.
Em janeiro de 2018, como resultado dos esforços de Liz Chicaje Churay e seus parceiros, o governo peruano criou o Parque Nacional Yaguas. Comparável em tamanho ao Parque Nacional de Yellowstone, o novo parque protege mais de dois milhões de acres da floresta amazônica na região nordeste de Loreto.
Sua criação é um passo fundamental na conservação da biodiversidade do país – salvaguardando milhares de espécies raras e únicas de vida selvagem e conservando turfeiras ricas em carbono – e protegendo os povos indígenas
Preocupada com os danos ambientais causados pela crescente poluição por plásticos no Malaui, Gloria Majiga-Kamoto lutou contra a indústria de plásticos e engajou um movimento popular em apoio à proibição nacional de plásticos finos (plástico filme), um tipo de plástico descartável.
Como resultado de sua campanha dedicada, em julho de 2019, o Tribunal Superior do Malaui manteve a proibição da produção, importação, distribuição e uso de plásticos finos.
Este é o primeiro prêmio do Malaui.
Maida Bilal liderou um grupo de mulheres de sua aldeia para um bloqueio de 503 dias de equipamentos, o que resultou no cancelamento de licenças para a contracto de duas barragens propostas no rio Kruščica em dezembro de 2018.
Os Bálcãs são o lar dos últimos rios de fluxo livre em Europa. No entanto, uma grande hidrelétrica na região ameaça danificar irreversivelmente milhares de quilômetros de rios cristalinos.
Este é o primeiro Prêmio da Bósnia e Herzegovina.
Thai Van Nguyen fundou a Save Vietnam’s Wildlife, que resgatou 1.540 pangolins do comércio ilegal de animais selvagens entre 2014 e 2020.
Nguyen também cria a primeira unidade anti-caça furtiva do Vietnã, que, desde 2018, destruiu 9.701 armadilhas para animais, desmantelou 775 campos ilegais, confiscou 78 e prendeu 558 pessoas por caça furtiva, levando a um declínio significativo nas atividades ilegais no Parque Nacional Pu Mat.
Os pangolins são os mamíferos mais traficados do mundo, apesar da proibição do comércio internacional.
A grande demanda por sua carne, escamas e sangue ameaça os pangolins de extinção; todas as oito espécies de pangolim estão na Lista Vermelha da IUCN.
Depois do desastre nuclear de Fukushima em 2011, o Japão foi forçado a abandonar a energia nuclear mas, em seu lugar, abraçou o carvão como importante fonte de energia. Como se sabe o carvão é uma fonte não renovável e uma das maiores causas de emissão de CO2 na atmosfera.
Nos últimos anos, uma campanha de base de Kimiko Hirata levou ao cancelamento de 13 usinas a carvão (7 GW ou 7.030 MW) no Japão. Essas usinas teriam liberado mais de 1,6 bilhão de toneladas de CO2 ao longo de sua vida.
O impacto do carbono do ativismo de Hirata é o equivalente a tirar 7,5 milhões de carros de passageiros das estradas todos os anos durante 40 anos.
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Categorias: Ambiente
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