Parece mentira, mas não é: um dia após discursar na Cúpula de Líderes sobre o Clima, o presidente Jair Bolsonaro faz o oposto do que disse.
Bolsonaro, em seu discurso, prometeu levar o Brasil a atingir a neutralidade climática até 2020 reduzindo drasticamente as emissões de gases causadores do efeito estufa e adotando medidas ambientais compensatórias. Ainda afirmou que o país tem como meta o desmatamento zero para os próximos nove anos.
Entretanto, no dia seguinte ao seu discurso, Bolsonaro cortou recursos justamente para a área relacionada com as mudanças climáticas, controle de incêndios florestais e fomento a projetos de conservação do meio ambiente, informa a Folha de S. Paulo.
O veto no Orçamento de 2021 fez cair por terra a previsão de que o governo iria aumentar os recursos para a fiscalização ambiental em torno de R$ 115 milhões. O próprio presidente havia declarado que:
“Há que se reconhecer que será uma tarefa complexa. Medidas de comando e controle são parte da resposta. Apesar das limitações orçamentárias do governo, determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados às ações de fiscalização”.
Entretanto, o veto do presidente cortou cerca de R$ 240 milhões do ministério do Meio Ambiente. A pasta solicitou ao ministério da Economia uma suplementação orçamentária de R$ 270 milhões para Ibama e ICMBio e órgãos federais de fiscalização.
Vamos seguir acompanhando como essa trama vai se desenrolar.
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Categorias: Ambiente
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