Dia da Terra: mais do que nunca é preciso participar dessa data


Dia 22 de abril é comemorado o Dia da Terra. Neste ano, a pandemia do coronavírus escancarou todo o descuidado que estamos tendo com o planeta, e colocou em cheque nossa capacidade de superação de duas crises: a de saúde e a ambiental.

História da data

A data foi instituída com a finalidade de conscientizar as pessoas sobre a necessidade da preservação ambiental para proteger o planeta Terra e toda a sua biodiversidade.

Foi o senador e ativista ambiental estadunidense Gaylord Nelson que, no dia 22 de abril de 1970, criou a data, cuja primeira manifestação contou com a participação de jovens de várias regiões dos Estados Unidos (EUA).

As manifestações foram tão densas que o governo dos EUA criou a Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente no país.

Duas crises

Este ano, o site Earth Day destaca que estamos vivendo duas crises: a da pandemia do novo coronavírus e o lento desastre climático que nos aguarda. Mas juntos podemos tentar resolver ambos desafios.

A pandemia está relacionada à questão climática, e não podemos perder o foco disso. Embora neste momento estejamos preocupados com a nossa sobrevivência, é preciso seguir com a luta climática. Uma prova disso é que as comunidades mais marginalizadas estão ainda em maior risco de contaminar-se pelo vírus.

O Dia da Terra deve ser lembrado e vivido para chamar a atenção para o fato de que o nosso planeta está dando sinais de esgotamento através desta pandemia. Os governos têm feito muito pouco para conter o aquecimento global, resultado de um modelo produtivo que está sendo posto de lado neste momento com a suspensão temporária de atividades econômicas e da circulação de pessoas e mercadorias.

Em 2020, a campanha do Dia da Terra será on line. A presidente da Rede do Dia da Terra, Kathleen Rogers, disse que isso não vai impedir a reunião de “energias e esforços para novas maneiras de mobilizar o mundo para a ação”.

Faz parte desses esforços a criação de um aplicativo de smartphone e kits de ferramentas de ensino para cuidadores e crianças usarem enquanto as escolas estão fechadas. Embora esses protestos virtuais e campanhas de mídia social sejam importantes para aumentar a conscientização, eles não têm o poder das manifestações que tomam as ruas de várias cidades do mundo. Entretanto, é preciso criatividade para lidar com o momento atual.

Como participar do Dia da Terra em casa

Ninguém sabe, ainda, quanto tempo as pessoas permanecerão confinadas em casa. Mas é certo que, no dia 22 de abril, ainda estaremos em isolamento social. Todavia, de nossas próprias casas, existem atitudes que podem ser tomadas.

É claro que muitas ações não são realistas para todos, mas aqueles que têm certos privilégios podem ser mais conscientes deles e aproveitar para rever algumas atitudes em prol do meio ambiente.

Reutilizar

Limpe, desinfete e use por mais de uma vez os produtos ​​sempre que possível.

Compre o necessário

Vivemos em uma sociedade consumista e a publicidade atua para criar novos desejos (desnecessários) o tempo todo. Uma vez que não estamos indo às ruas, evite comprar itens dos quais você não precisa. Evite, também, o desperdício. Isso fará, inclusive, que você produza menos lixo.

Economize água

Quanto tempo você gasta para tomar banho? Não seria possível reduzi-lo em 3 minutos, que seja? É possível aproveitar a água da chuva em sua casa? Avalie como na sua rotina você pode economizar água.

Coma melhor

Parece que novos chefs estão nascendo durante essas semanas de isolamento. Com tanto tempo disponível, é hora de aprender a cozinhar de verdade com alimentos de verdade. Além de aumentar a imunidade, uma receita nova é algo novo para aprender. Além disso, adapte as receitas reaproveitando os alimentos.

Enfim, essas são apenas algumas sugestões dentre tantas outras possíveis de serem adotadas para exercitarmos o cuidado com o meio ambiente, que é, também, uma forma de autocuidado.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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