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Quando ocorre algum tipo de mudança política, econômica e social, geralmente são os pobres quem pagam a fatura mais alta. E não será diferente em relação às mudanças climáticas que ameaçam o planeta Terra.
Já existem locais, hoje, diretamente afetados pelo aquecimento global. De acordo com um relatório do Banco Mundial, esses lugares já sentem os efeitos do aquecimento em 0,8°C em comparação às temperaturas da era pré-industrial, conforme já informado aqui no GreenMe. As regiões mais afetadas são:
* Oriente Médio e o Norte da África;
* América Latina e Caribe;
* Europa Oriental e Ásia Central.
Se até o fim deste século as temperaturas se elevarem em até 4°C, as ondas de calor podem interferir em 70% da produção agrícola dessas regiões, que ainda correm o risco de receber 1/3 das inundações do planeta.
O relatório do Banco Mundial traz, também, prospecções para o Brasil, que pode ser afetado com secas, inundações, chuvas intensas e elevação de temperatura.
Em síntese, o documento traz um alerta para o quanto a Terra é vulnerável ao clima e está sujeita a modificações severas que interferirão na vida de todas as regiões do planeta.
A Organização das Nações Unidas (ONU) deu início, nessa segunda-feira, à abertura da Cúpula do Clima, a COP 25, em Madri, onde líderes mundiais terão que responder à crescente pressão das populações sobre a questão climática.
Representantes de 200 países estarão reunidos ao longo de duas semanas na capital espanhola para lidar com os problemas provocados pelo aquecimento global durante a COP 25, cujo slogan deste ano é “Hora da Ação” (Time for Action).
A COP25 tem o desafio de fornecer respostas, principalmente, aos países pobres do mundo, como os do continente africano, onde vêm aumentando as secas e inundações.
Ao jornal francês Le Monde, Seyni Nafo, porta-voz da África, disse que a sua presença na COP 25 tem o objetivo de debater temas técnicos importantes para a África, como o financiamento do que ele chama de “perdas e prejuízos”, isto é, respostas para apoiar os países em desenvolvimento vítimas de catástrofes naturais. O princípio de um mecanismo de apoio, segundo o diplomata malês, tem sido feito há cerca de cinco anos, mas as discussões acadêmicas sobre o tema não têm encontrado efeitos concretos.
A África tem sofrido com catástrofes climáticas que afetam suas populações e suas economias. É preciso encontrar soluções conjuntas para o problema com os países desenvolvidos. Nafo reflete que a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris teve um impacto muito concreto na dinâmica que havia sido conduzida até então, como, por exemplo, com a reconstituição do Fundo Verde para o clima.
O Fundo Verde dispõe, hoje, de meios financeiros (cerca de 10 milhões de dólares) para 136 países em desenvolvimento. A África espera que aqueles que se dizem defensores da luta climática tomem o lugar dos Estados Unidos em contribuição, embora não seja suficiente, porque, no fim das contas, cerca de 90% do capital distribuído pelo Fundo Verde vão para as instituições de países desenvolvidos, como forma de dar retorno ao seu investimento.
O problema da África na utilização desse recurso é que, para recebê-lo, em contrapartida, é necessário conceber projetos e programas que necessitam de uma certa expertise que as instituições financeiras africanas não têm, o que demonstra o quão urgente e necessária é a ajuda aos países africanos no enfrentamento dos problemas derivados do aquecimento global.
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Categorias: Ambiente, Informar-se
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