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Nosso planeta está caminhando para um ponto sem retorno e, se medidas urgentes e drásticas contra a crise climática não forem tomadas, nossa civilização estará em sério perigo.
Um grupo de pesquisadores fez um balanço da situação e afirma que as mudanças nos sistemas ambientais terrestres são já irreversíveis: estamos em um estado de emergência planetária e muitas áreas da Terra serão inabitáveis em breve.
A equipe, liderada por Timothy Lenton, professor de mudança climática e ciência do sistema terrestre na Universidade de Exeter, no sudoeste da Inglaterra, identificou nove eventos interconectados que estão nos levando ao colapso.
Isso inclui o
Tratam-se de eventos que terão um efeito cascata sobre a crise climática. Por exemplo, o Ártico está se aquecendo pelo menos duas vezes mais rápido que a média global; o derretimento do gelo marinho do Ártico está contribuindo ainda mais para esse aquecimento.
Por sua vez, o aumento da temperatura determina um maior degelo do permafrost no Ártico, o solo que normalmente permanece congelado durante todo o ano e que, descongelando-se, libera dióxido de carbono e metano na atmosfera, alimentando ainda mais o aquecimento global. Um verdadeiro círculo vicioso que acelera cada vez mais as mudanças climáticas.
A ideia de que mais cedo ou mais tarde a Terra chegaria a um limite irreversível não é nova e já foi introduzida há cerca de 20 anos pelo grupo intergovernamental das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (IPCC).
Na época, pensava-se que as mudanças seriam irreversíveis se as temperaturas ultrapassassem 5°C em comparação com as registradas na era pré-industrial.
Hoje, os dados dos relatórios mais recentes do IPCC sugerem que o clima é muito mais sensível do que se pensava e que o limite irreversível poderia ser alcançado mesmo após um aumento de temperatura entre 1 e 2°C.
As temperaturas médias globais já estão 1°C mais altas do que na era pré-industrial e continuam a aumentar: se as temperaturas subirem mais de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, um efeito dominó devastador pode ocorrer.
O acordo de Paris estabeleceu uma meta para limitar o aquecimento da Terra a 1,5°C, mas, de acordo com um relatório recente das Nações Unidas, os países não estão fazendo o suficiente: mantendo o ritmo atual, as temperaturas aumentarão 3,2°C até 2100.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, em 2018 os gases de efeito estufa atingiram níveis recordes e não há sinais de seu declínio a curto prazo.
A situação não é nada animadora faz absolutamente necessária uma ação internacional urgente para reduzir as emissões, desacelerar a elevação do nível do mar e manter o aquecimento a 1,5°C.
Quanto tempo temos para implementar essas medidas e tentar nos salvar? Segundo os cientistas, zero.
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Categorias: Ambiente, Informar-se
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