G7 aloca US$ 20 milhões (cerca de R$ 91 milhões) para Amazônia, mas governo brasileiro recusa a ajuda


A Amazônia em chamas abriu o último encontro do G7, realizado no sábado (24) em Biarritz, na França. Durante a cúpula, os líderes do grupo – formado pelos 7 países mais ricos do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – decidiram disponibilizar 20 milhões de dólares para ajudar no combate às chamas na Amazônia. Em resposta nas redes sociais, Bolsonaro agradeceu, mas recusou a oferta dizendo que:

Não podemos aceitar que um presidente, Macron, dispare ataques descabidos e gratuitos à Amazônia, nem que disfarce suas intenções atrás da ideia de uma “aliança” dos países do G-7 para “salvar” a Amazônia, como se fôssemos uma colônia ou uma terra de ninguém.

O ministro Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil, também se pronunciou sobre a questão, seguindo o tom de Bolsonaro:

“Agradecemos, mas talvez esses recursos sejam mais relevantes para reflorestar a Europa. O Macron não consegue sequer evitar um previsível incêndio em uma igreja que é um patrimônio da humanidade e quer ensinar o quê para nosso país? Ele tem muito o que cuidar em casa e nas colônias francesas”, declarou.

Nos últimos dias, Bolsonaro publicou vários tweets nos quais afirmou que enviou 43 mil soldados para apagar incêndios na Amazônia e mostrou imagens dos aviões envolvidos em operações.

Segundo Bolsonaro, os incêndios das últimas semanas na Amazônia são normais e o governo brasileiro já tem recursos suficientes para manter a situação sob controle.

Dinheiro bem-vindo

Adotando uma postura mais moderada que a do presidente Jair Bolsonaro e a do Chefe da Casa Civil, na segunda-feira (26), o Ministro da Defesa, Azevedo e Silva, disse à BBC News Brasil que “toda a ajuda é bem-vinda”, referindo-se ao dinheiro oferecido pelo G7 para conter os incêndios iniciados nas últimas semanas.

Com ou sem ajuda, resta entender por que Bolsonaro esperou quase um mês antes de finalmente intervir. A demora na ação poderá lhe render uma denúncia perante o Tribunal Penal Internacional de Haia, Holanda. Aguardemos!

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Redação greenMe

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