O presidente dos Estados Unidos confirmou ontem (18) que considera a possibilidade de comprar a Groelândia da Dinamarca, embora o assunto não seja uma prioridade no momento.
“A Dinamarca é essencialmente a proprietária”, disse Donald Trump ao The Guardian. “Somos muito bons aliados da Dinamarca, protegemos a Dinamarca como protegemos grandes partes do mundo”.
O presidente americano afirmou, ainda, que a Groelândia prejudicava o país escandinavo, que estaria perdendo 700 milhões de dólares por ano “carregando-a”. Trump, no entanto, não esclareceu a fonte dessas informações.
Em entrevista ao jornal Sermitsiaq, a primeira ministra do país declarou que a Groenlândia não estava à venda e disse esperar que o assunto não seja levado à sério. À emissora de TV dinamarquesa DR, afirmou que se tratava de
“uma discussão absurda, e o [primeiro-ministro da Groenlândia] Kim Kielsen deixou claro que a Groenlândia não está à venda. É aí que a conversa termina”.
A polêmica começou no domingo mesmo, antes de Donald Trump falar com jornalistas, quando o assessor da Casa Branca para assuntos econômicos, Larry Kudlow, deu uma entrevista para a Fox News. O tema principal era o abalo na relação comercial dos Estados Unidos com a China e os receios de uma possível recessão, mas, em dado momento, a âncora Dana Perino fez menção ao interesse de Trump na compra da Groelândia. Kudlow respondeu que se tratava de um território estratégico e com “muitos minerais valiosos”, e lembrou a expertise de Trump no ramo imobiliário.
Cidadãos da Groelândia repudiaram a ideia:
“Você não pode simplesmente comprar uma ilha ou um povo. Isso parece algo da época da escravidão e do poder colonial”, declarou a groenlandesa Else Mathiesen à imprensa local.
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