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Cientistas vêm recomendando o uso da expressão “crise climática” em substituição a “mudanças climáticas”, com o objetivo de conferir ao cenário a gravidade que merece. Além da extensa lista de animais em risco de extinção e das imensas áreas de floresta devastadas diariamente, diversos tipos de alimentos correm o risco de ter sua produção inviabilizada.
Vários itens presentes na mesa das famílias que podem simplesmente desaparecer devido às altas temperaturas, à maior intensidade dos ventos, à falta de água em alguns lugares e ao excesso de chuva em outros, ou à drástica redução da vida nos oceanos. Todos efeitos da crise climática que o mundo hoje atravessa.
O site Hurb publicou nesta terça-feira uma lista com alguns desses alimentos e as causas que vêm colocando em risco a manutenção de sua produção. São eles:
Altas temperaturas vêm sendo observadas em países produtores, como a França, o Chile e a Argentina, o que acelera o processo de maturação e resulta em uvas doces demais para serem destilados de acordo com os padrões de qualidade exigidos.
Desmatamento e temperaturas acima da média geram as condições ideais para a proliferação de fungos nas plantações, o que coloca em risco 60% das espécies de café do mundo, segundo pesquisa científica britânica publicada em janeiro deste ano na Science Advances.
O maior produtor mundial de chá, a Índia, vem sofrendo com a a alteração do clima de monções, típico da região. Os ventos cada vez mais fortes alteram o sabor das folhas de chá.
Nesse caso, o problema é a falta de água, que têm feito com que produtores suspendam a produção temporariamente, nos períodos de seca mais intensa.
O cacau prospera bem em altas temperaturas, mas os efeitos das alterações climáticas — ventos mais fortes e chuvas intensas, que empobrecem o solo por carrear seus nutrientes — provocam instabilidade nas plantações. Em Gana e na Costa do Marfim, principais países produtores, a seca vem fazendo com que o cacau deixe de ser atrativo e passe a ser substituídos nas plantações por dendezeiros e seringueiras, mais resistentes.
Com a vida nos oceanos em risco por diversos fatores — altas temperaturas, poluição e pesca predatória –, a previsão não é animadora. Como o Green Me noticiou recentemente, a estimativa dos órgãos internacionais é de que, em alguns anos, haja mais lixo do que peixe nas águas.
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Categorias: Ambiente, Informar-se
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