No Reino Unido, a água doce pode terminar em menos de 25 anos


Hoje, 22 de março é o Dia Mundial da Água e a preocupante notícia que nos chega, vem a calhar.

“O Objetivo n°6 do Desenvolvimento Sustentável é absolutamente claro: água para todos até 2030. Por definição, isto significa não deixar ninguém para trás. Mas hoje, bilhões de pessoas ainda vivem sem água potável – suas famílias, escolas, locais de trabalho, fazendas e fábricas lutando para sobreviver e prosperar.

Grupos marginalizados – mulheres, crianças, refugiados, povos indígenas, pessoas com deficiência e muitos outros – são frequentemente negligenciados, enfrentam discriminação e precisam ser tratados”, lê-se no site oficial do UN-Water cujo tema esse ano é Leaving no one behind. Whoever you are, wherever you are, water is your human right.

Mas a preocupação não é apenas com a população mais carente pois a falta d’água é já realidade até mesmo em países mais desenvolvidos, ricos ou, como o nosso, de grande recurso hídrico.

Por exemplo, a Grã-Bretanha poderá enfrentar uma séria crise hídrica em 2050 devido ao crescimento da população, ao desperdício d’água e às mudanças climáticas. O alarme recém-lançado vem da Environment Agency que clama por um comportamento virtuoso para evitar o pior.

No Dia Mundial da Água que se comemora hoje, a atenção está também voltada para a Grã-Bretanha porque ali, apesar de o país ser tipicamente chuvoso, fala-se de uma séria crise por falta d’água devida à excessiva exploração dos recursos hídricos e das mudanças climáticas.

Os cientistas falam em verões muito secos que danificam a flora e a fauna.

“De acordo com projeções, muitas partes do nosso país vão enfrentar escassez de água e, em particular, o sudeste, onde vive a maior parte da população do Reino Unido”, disse o chefe da agência, James Bevan.

Segundo Bevan, em poucos anos, não haverá água suficiente para atender às necessidades dos cidadãos britânicos. Em 2016 foram utilizados 9500 bilhões de litros de água doce e 3 bilhões por dia foram desperdiçados. A situação não melhorou em 2017, onde a água extraída do meio ambiente é derivada de 18% dos rios e 28% dos recursos hídricos subterrâneos.

E no Brasil?

Aqui, quem sabe sabe conhece bem: ou temos tanta chuva que causa tragédia alagando tudo, espalhando morte e doença, ou temos seca. O que é urgente por aqui é conseguir captar o excesso d’água quando “deus” manda, para que ela não falte nos períodos de seca:

Crise mundial da água, as causas

Desperdício, crescimento populacional, energia (usinas de gás e fracking), mudança climática.

Atualmente somos 7,6 bilhões de habitantes, seremos 8,6 bilhões em 2030, 9,8 bilhões em 2050 e 11,2 bilhões em 2100, segundo estimativas da ONU.

Para evitar a escassez de água no Reino Unido, mas em qualquer outro lugar, são necessárias ações dos governos para redução das perdas (muitas vezes ocorridas dentro do próprio sistema de fornecimento d’água); organização de sistemas de drenagem sustentáveis (reaproveitamento da água da chuva) ​e redução do uso pessoal, como aconselha Bevan. Outras medidas como dessalinização da água do mar e transposição da água de uma área à outra também são medidas plausíveis.

Só quando falta água é que damos a sua devida importância. E não basta apenas ter água, é preciso que ela seja de qualidade, não poluída.

Água é vida.

Estejamos cientes desse fato para não termos problemas, realmente dramáticos, no futuro.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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