As recentes notícias do verão europeu não têm nenhum glamour: a onda de calor está insuportável. E parece que a tendência para os próximos anos é piorar!
Não apenas a Europa tem sofrido com o calor excessivo. Alguns países asiáticos também estão sendo afetados por essa onda térmica. De acordo com uma pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Cientítica (CNRS, na sigla original), na França, de 2018 a 2022 os dias serão muito quentes! Mais do que o esperado!
O estudo sob a liderança do pesquisador Florian Sévellec, do Laboratório de Física Oceânica e Sensoriamento Remoto do CNRS, criou um algoritmo baseado numa metodologia estatística que simula o clima dos séculos XX e XXI.
Com esse algoritmo, espera-se encontrar situações análogas das condições climáticas atuais para, através do método dedutivo, chegar a um futuro possível.
Esse novo método prevê que os “eventos quentes”, como dizem os cientistas, tenham 69% mais chances de ocorrer do que se supunha. Para piorar, há 400% de probabilidade de ocorrência de um “evento quente extremo”. No texto dos cientistas, publicado na revista científica Nature Communications, diz-se que “o período 2018-2022 será “anormalmente quente”.
Esses dados são alarmantes, visto que as pessoas já estão sofrendo, em 2018, com o calor. Foram registradas, inclusive, mortes provocadas pelo calor excessivo no Japão, onde 80 pessoas morreram e 22 mil foram hospitalizadas por causa da temperatura recorde atingida no país, 41 graus Celsius. Na Europa, também, houve mortes: três, na Espanha, cujas temperaturas passaram dos 45 graus. Em Portugal, o calor chegou a 47 graus.
O artigo científico ainda explica que o aquecimento provocado por gases de efeito estufa não é linear, fenômeno denominado de “hiato do aquecimento global”. Isso significa que houve uma queda do aquecimento no início do século XXI, mas que, nos próximos anos, as temperaturas irão subir, de acordo com as previsões do novo método.
A possibilidade de ocorrer eventos frios nos próximos cinco anos é bem baixa. Além disso, a probabilidade de tempestades tropicais deve aumentar.
Os pesquisadores pretendem transformar esses dados gerais em previsões regionais para estimar, também, as precipitações de seca.
Quem anda reclamando do frio deste inverno, melhor parar, já que o verão 2019 promete fazer muito calor.
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Categorias: Ambiente, Informar-se
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