Índice
Florestas para compensação de carbono – offsets – não interessa ao nosso pais. Segundo as ONGs que assinam este documento, as offsets são uma “falsa equivalência” entre o carbono acumulado em florestas e aquele que é gasto ao se consumirem os combustíveis fósseis e podem prejudicar, em muito, o ambiente terrestre permitindo, por outro lado, o aumento do ritmo das emissões de CO2.
Segundo a Agência Brasil mais de 50 entidades protocolaram nos ministérios do Meio Ambiente e das Relações Exteriores, na semana passada (11 de julho), “uma carta em defesa da posição histórica do Brasil contra a inclusão das florestas em mecanismos de compensação de carbono – chamados de offsets”.
“A floresta demora muito mais tempo para absorver carbono do que você demora para queimá-lo. Se eu queimo um barril de petróleo, eu vou demorar muito e muitos anos para uma floresta absorver aquilo, a compensação não é imediata. Tem uma falha no princípio científico da coisa”, explicou Pedro Telles, especialista em Clima da organização não-governamental (ONG) Greenpeace, uma das entidades que assina o manifesto.
“O carbono que está embaixo da terra [combustível fóssil] é um carbono muito menos suscetível a ser emitido. Um carbono que está na floresta é muito vulnerável, porque pode ter um desmatamento, pode ter um incêndio”, acrescentou Telles.
“Nunca são reduções efetivas, pois o que há é a compensação. O que se reduz por meio da não emissão florestal continua sendo emitido em outro setor”, argumentam as entidades.
Uma sugestão das ONGs que assinam o documento é “em vez de diminuir suas emissões, países ou empresas poluidoras poderiam fazer uma espécie de “hipoteca das florestas”, a fim de cumprir suas metas por meio do pagamento para plantá-las ou mantê-las em pé”.
Leia aqui, no site do Greenpeace, a íntegra da carta.
EMPRESÁRIOS BRASILEIROS LANÇAM PROPOSTAS PARA ECONOMIA DE BAIXO CARBONO
Categorias: Ambiente, Informar-se
ASSINE NOSSA NEWSLETTER