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Volta e meia o município de Peruíbe é pressionado com algum projeto que causará grandes danos ambientais – Usina Nuclear, Porto da Petrobrás, Gasoduto e agora uma Termelétrica. E os danos ambientais são sempre imensos.
Peruíbe é um dos municípios da Baixada Santista que possui imensas áreas de preservação ambiental – a Reserva Estadual da Juréia-Itatins, a APA Peruibe-Itariri, a Terra Indígena Piaçaguera, APAs marinhas e diversas zonas ambientalmente frágeis.
Os ambientalistas da região se manifestaram contra a implantação de mais este projeto que poderá resultar em poluição, destruição de habitats e comprometimento da qualidade de vida dos residentes na cidade e nas aldeias indígenas.
O alerta é da Mongue, ONG ambientalista atuante no município, que se posiciona radicalmente contra a implantação de qualquer projeto industrial que venha a deteriorar as condições ambientais do município, como se pode depreender desta entrevista com Plínio Melo ao Jornal Índio é Nós, da região.
Segundo Plínio, o projeto de termelétrica é da empresa Gastrading Comercializadora de Energia S.A. e foi desenhado sem que fossem ouvidas as vozes de Peruíbe, ou seja, um projeto sigiloso que busca “comer pelas beiradas”. “É um projeto de grande risco ambiental, a exemplo do Porto Brasil, defendido pela classe política e empresários da nossa cidade. É um empreendimento de 180 hectares que cortará a cidade com um imenso gasoduto terrestre marítimo”, afirma Plínio
No vídeo a seguir, uma reportagem de Carlos Raton, do Diário do Litoral, anuncia a criação de uma comissão especial de estudos na Câmara de Peruíbe, aprovada por unanimidade, com debates abertos e audiências públicas, para que a discussão seja o mais ampla possível.
E, no último 29 de Março, o vídeo a seguir mostra uma das manifestações contrárias ao projeto:
● contaminação do ar pela queima de gases
● favelização do município pela chegada de trabalhadores eventuais ao projeto
● corte da cidade com um gasoduto o que implica em riscos inerentes a fogo e explosões
A posição do Prefeito desta Estância Balneária é legalista: se a lei permitir, diz ele, o projeto ocorrerá, veja na entrevista abaixo a um mídia local:
A área de impacto da termelétrica atingirá todos os municípios da Baixada
A discussão é imprescindível e, mais ainda, o respeito às necessidades ambientais e do povo da região – brancos, negros e indígenas – em suas especificidades.
No jornal interno da CETESB fica claro o real interesse do projeto para os órgãos governativos – um investimento de 5 bilhões de reais! E o pedido de licença prévia que a CETESB já está analisando.
A promotora pública Nelisa Olivetti de França Neri de Almeida, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) da Baixada Santista, abriu inquérito civil para acompanhar o processo de licenciamento do Projeto Atlântico Energias
Um projeto desta magnitude será, sempre, um projeto de elevados impactos ambientais, mais ainda devido às condições regionais:
● afetará negativamente as zonas de amortecimento dos Parques Estaduais da Serra do Mar e Xixová-Japuí e a Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha do Litoral Centro
● atravessará área natural tombada e terras indígenas -Piaçaguera, Itaóca, Guarani do Aguapeu e Rio Branco
● ocorrerá supressão de vegetação de Mata Atlântica protegida pela lei federal 11.428/06
● ocorrerão impactos ambientais nos meios biótico, físico e socioeconômico.
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Categorias: Ambiente, Informar-se
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