Índice
Amazônia esquartejada é o que restará da nossa Amazônia caso sejam construídas as estradas e rodovias que o Governo Federal tem em mente. Rodovias são necessárias, claro, porém o custo ambiental de serem construídas cruzando a floresta tropical é imenso.
Um de Márcio Santilli, sócio fundador do ISA – Instituto Socioambiental critica o projeto de lei que “invade” cinco Unidades de Conservação, criando fragmentos descontínuos de mata e vida, retirando mais de meio milhão de hectares da mata e toda sua biodiversidade.
Claro que as rodovias são necessárias, promovem a integração entre o norte e o centro-sul, facilita o trânsito aos países vizinhos e, se aguentarem o regime de chuvas amazonenses (lembre-se da calamidade que resultou a Transamazônica) serão um benefício para o comércio e o tráfego de produtos mas…
Rodovias aumentam em 80% os casos de desmatamento na Amazônia nos 30 km laterais ao longo das estradas pavimentadas. E o desmatamento, você também sabe, cria uma série de outras dificuldades – perda da biodiversidade, perda de fertilidade do solo, redução do regime local de chuvas, mudança dos cursos de água, morte de animais e espécies vegetais endêmicas e, tantas vezes, a destruição de comunidades indígenas que perdem suas áreas sagradas, de caça e alimentação.
Uma calamidade que não afetará só a nós, brasileiros pois, a resultante do desmatamento na Amazônia afeta, comprovado é, todo o equilíbrio climático no continente latino-americano.
Leia mais: EFEITOS DO DESMATAMENTO: 4 IMAGENS CHOCANTES QUE INFELIZMENTE RETRATAM A REALIDADE
Em 2003 o Governo Federal anunciou a pavimentação da BR-163 (Cuiabá-Santarém) e, em contraposição a isto, foi criado um movimento, o BR-163 Sustentável, propondo a implantação concomitante de um programa regional de desenvolvimento sustentável. Todo o esforço era o de se evitar a repetição dos processos de grilagem de terras, desmatamento e destruição que ocorreram na Transamazônica.
Como resultado deste movimento foram criadas diversas áreas de conservação federais e estaduais, interligando as Terras Indígenas das bacias do Xingu e Tapajós – hoje essas áreas estão em meio à destruição por “obra e graça” de diversos megaprojetos hidrelétricos, como se sabe. E as comunidades indígenas vão perdendo, como sempre.
Com o PL atual, o que se prevê é a subtração de mais de um milhão de hectares em cinco Unidades de Conservação criadas no final do governo passado.
Será extinta a Área de Proteção Ambiental de Campos de Manicoré, o Parque Nacional de Acari, a Reserva Biológica de Manicoré, as Florestas Nacionais de Urupadi e Aripuanã, no sul do Amazonas – a foto abaixo mostra a situação das Unidades de Conservação e o efeito dos projetos sobre suas áreas.
Fonte
Os ambientalistas falamos muito de todos os impactos negativos que podem resultar deste tipo de projeto que não prevê a preservação das matas e seus ciclos naturais. O primeiro impacto que se verifica é, sempre, resultante da chegada de pessoas para trabalharem em uma região antes pertencente à mata, somente.
Um abaixo-assinado está correndo em busca de assinaturas para tentar impedir toda essa devastação com hora marcada. Seja você também um assinante, seja você também um divulgador,
EM DEFESA DAS ABELHAS, CONTRA O INSETICIDA IMIDACLOPRIDE – PETIÇÃO
MILHO GUARANI NA MERENDA DAS ESCOLAS INDÍGENAS EM ITANHAÉM, SP
Categorias: Ambiente, Informar-se
ASSINE NOSSA NEWSLETTER