A Amazônia tem duas estações climáticas definidas, inverno e verão. O verão é seco e se estende de julho a outubro. É a época em que a floresta pode pegar fogo, normalmente mas, este ano, que se prevê seja uns dos mais quentes do ciclo El Niño, diz a NASA, o fogo está arrasando a mata em áreas protegidas.
Segundo a Agência Brasil, ainda queimam duas áreas indígenas na Amazônia em incêndios que começaram no início de agosto e que já consumiram 76 mil ha de vegetação: a “Kuarup, no Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, e a Awá II, na Terra Indígena Arariboia, no Maranhão”.
Na Terra Indígena Arariboia o fogo já consumiu mais de 41 ha, praticamente 10% da reserva e, é nessa área que vivem os Awá-Guajá, “índios em total isolamento que dependem da floresta preservada para a sua sobrevivência”. A Terra indígena Arariboia perdeu, para o fogo, 50% da sua vegetação, no ano passado, o que significa um imenso impacto sobre a potencialidade de recuperação da floresta.
O Parque Indígena do Xingu perdeu para o fogo, no ano passado, cerca de 45 mil hectares num total de 62 quilômetros de extensão.
No momento, informa o Prevfogo, a maioria das frentes de fogo estão sob controle restando uma em combate – as demais (5) estão sendo monitoradas.
Mas, as previsões climáticas não são alentadoras já que, a “tendência é que a massa de ar seco volte a se formar no centro do país, mantendo a umidade baixa até o final de setembro, piorando o cenário”.
Dê uma olhada, na imagem deste link, na previsão de risco de fogo do INPE-Queimadas e Incêndios em tempo real, de hoje, 23 de agosto e verá que toda a região central do Brasil, de Mato Grosso ao Maranhão, tem risco elevado.
Segundo o INPE, no Brasil há 203 áreas de conservação com risco de incêndio ou queimando, sendo estes números, por região administrativa, os seguintes: Estadual: 35 de 494, Federal: 111 de 338, Funai: 54 de 576 e Outros: 3.
A situação é mesmo muito crítica.
No site do INPE tem vários relatórios e mapas interativos, vale a pena você passear por lá e acessar informações mais precisas.
QUEIMADAS NA AMAZÔNIA: DESTRUIÇÃO DA BIODIVERSIDADE
Categorias: Ambiente, Informar-se
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