A Mata Atlântica mudou muito desde a chegada dos portugueses ao Brasil. Comparada com outros biomas brasileiros, é o que mais sofreu com a exploração e destruição de seus recursos naturais, sendo sua mata substituída sistematicamente por ecossistemas artificiais como cidades, e campos para agropecuária.
São aproximadamente 145 milhões de pessoas que habitam em sua área. Desmatamentos sucessivos desde a época da extração do pau-brasil e ciclo econômicos como o do cultivo da cana-de-açúcar, extração de ouro e cultivo de café, colocam esse bioma em um histórico de ameaças.
Hoje, as ameaças mais comuns são a agropecuária, a expansão urbana desordenada, a exploração predatória de madeiras e diversas espécies vegetais, comercialização de animais silvestres, fragmentação das áreas preservadas, a industrialização, pesca predatória, turismo desordenado, o consumo excessivo, produção de lixo e poluição.
Todo esse conjunto de ameaças resultou na destruição de suas florestas, mudando de tal forma a Mata Atlântica, que se compararmos como esse bioma era com os dias atuais, podemos concluir que ele está praticamente irreconhecível.
A Mata Atlântica é um região que concentra uma das maiores biodiversidades do planeta. Além disso, várias dessas espécies são endêmicas. Sua importância é tão grande, que a Unesco a reconhece como Reserva da Biosfera e Patrimônio Nacional.
A maior parte das espécies que correm risco de extinção no Brasil estão concentradas nesse bioma.
Com a diminuição e fragmentação de suas áreas, várias espécies já foram extintas. Podemos definir espécie extinta como aquela que já não existe mais nem na natureza nem no cativeiro.
Nos últimos 50 anos, o ritmo da extinção só tem aumentado com o avanço de um “progresso” sem planejamento.
Dentre as espécies que já foram extintas podemos destacar:
Esses são apenas alguns exemplos de animais que foram extintos. O fato é que há muitas espécies em processo de extinção. Se o crescimento desordenado continuar, várias espécies terão o mesmo destino.
Entre as espécies que correm risco de extinção podemos destacar:
Apesar de todas as agressões que esse bioma vêm sofrendo, milhões de brasileiros dependem da Mata Atlântica para viver. Seja para a produção de água através de seus mananciais, no controle de enchentes e erosões, como fonte de alimentos e produtos medicinais, ou mesmo na manutenção do equilíbrio climático.
Coimbra-Filho, A. F. 1984. Situação da fauna na Floresta Atlântica. B. FBCN, Rio de Janeiro, v. 19, p. 89-110.
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Escrito por Daniel Pereira do PlanetaBiologia.com
Categorias: Ambiente, Informar-se
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