Cenário “Ar Limpo” – qualidade do ar é a questão


6,5 milhões de pessoas morrem anualmente de poluição do Ar, diz IEA. A exposição a má qualidade do ar é a quarta maior ameaça do mundo para a saúde humana só ficando atrás das mortes associadas à hipertensão arterial, riscos alimentares e tabagismo.

Um estudo da Agência Internacional de Energia (IEA) divulgado esta semana, relata que 6,5 milhões de mortes em todo o mundo são atribuídas a má qualidade do ar.

O relatório da AIE estima que as mortes prematuras causadas por exposição à poluição do ar aumentará de 3 milhões em 2015 para 4,5 milhões em 2040, e que um 90% destas ocorrem em países asiáticos. No entanto, nem os países desenvolvidos estão a salvo dos efeitos desta poluição. Em 2016 a American Lung Association afirmou, em seu relatório anual, que 52,1 % da população norte-americana (166 milhões de pessoas) vive em municípios que têm níveis insalubres de ozônio e material particulado suspenso na atmosfera.

“O ar puro é um direito humano básico que a maioria da população mundial não tem”. “Nenhum país, rico ou pobre, pode afirmar que a tarefa de combater a poluição do ar já está completa. Os governos têm de agir, agora. Políticas e tecnologias de energia comprovadas podem promover grandes reduções nos índices de poluição do ar em todo o mundo e trazer benefícios para a saúde, proporcionar o acesso mais amplo à energia e melhorar a sustentabilidade , afirmou Fatih Birol , diretor-executivo da AIE.

Porém, a pouca regulamentação e regulação deficiente da produção e uso da energia, bem como a ineficiente combustão de combustível, são as “mais importantes fontes artificiais de emissões principais poluentes do ar,” informa o relatório da AIE. Segundo o relatório que apresentamos aqui, até 85% das partículas podem conter ácidos, metais, material particulado de solo, poeira e outros e uma grande carga de NO2 e SO2 – óxidos de enxofre e de nitrogênio. Entenda melhor sobre os componentes tóxicos da poluição do ar aqui neste link do Ministério do Meio Ambiente brasileiro.

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A AIE afirma que, se ocorrer um aumento de 7% no investimento total de energia, a nível global, este fato produzirá uma melhoria da saúde enorme (o estudo projeta os resultados em um prazo de até 2040): as mortes prematuras devidas à poluição do ar poderiam cair em até 1,7 milhões e as mortes por implicações de saúde que derivam do mesmo fato poderiam diminuir em até 1,6 milhões por ano. “Isso seria fantástico. Com um aumento de sete por cento você pode economizar mais de três milhões de vidas.”, declarou Fatih Birol à agência Reuters.

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A IEA listou três áreas importantes para as ações governamentais:

1. Definição de uma meta ambiciosa de qualidade do ar a longo prazo, para o qual todas as partes interessadas podem se inscrever e contra a qual a eficácia das várias opções de mitigação da poluição pode ser avaliada.

2. Colocar em prática um pacote de políticas de ar limpo para todo o sector da energia para atingir a meta de longo prazo, com base na avaliação de custo-benefício do controles de emissões diretas, a regulamentação competente e eficaz das emissões, em todos os setores energéticos e todas as outras medidas que se façam necessárias.

3. Garantir o acompanhamento eficaz, aplicação, avaliação e comunicação: manter uma estratégia de curso requer dados fiáveis ​​e um foco contínuo sobre o cumprimento ou a melhoria de políticas, e informação ao público oportuna e transparente.

“Precisamos rever nossa abordagem de desenvolvimento energia para que as comunidades não sejam obrigadas a sacrificarem o ar limpo em troca de crescimento econômico”, disse Fatih Birol.

“A execução da estratégia AIE no Cenário “Ar Limpo” pode reduzir substancialmente os níveis de poluição relacionados com o uso de energia em todos os países. E também pode fornecer acesso universal à energia moderna, redução global nas emissões de gases de efeito estufa, a diminuição do preço de importação de combustíveis fósseis em muitos países “.

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Seguindo estas estratégias, o relatório IEA aponta que a demanda de energia seria 13% menor em 2040. Isto significaria, por exemplo, no caso da Índia, que a população exposta a elevados índices de concentração de partículas finas na atmosfera cairia abaixo de 20% contra os 60% atuais.

Assista ao vídeo do Watch Newsy sobre as conclusões do relatório:

Segundo o relatorio IEA, o Brasil está situado abaixo do México e acima da Dinamarca, para os dados de morte por efeito, direto e indireto, da poluição do ar. Será?

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Fonte notícia e gráficos: Ecowatch




Redação greenMe

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