O Ministério Público de Minas Gerais apresentou uma nova ação civil pública, nessa segunda-feira (4), solicitando que a mineradora Samarco contenha o vazamento de rejeitos provenientes da lama que continua escoando da barragem do Fundão no prazo de até cinco dias.
A Samarco realocou parte dos rejeitos do Fundão em outra de suas barragens, a Santarém, após três diques terem sido construídos para conter os vazamentos. Entretanto, o MP afirma que as estruturas não são seguras, pois os diques foram erguidos precariamente e sem observância de normas técnicas, por isso são incapazes de conter os rejeitos.
Além disso, o MP alega que, nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, 5 milhões de metros cúbicos de rejeitos chegaram à bacia do Rio Doce oriundos da barragem de Santarém por causa de um extravasor danificado.
A Samarco se defendeu com a apresentação, ontem (5), de um relatório no qual constam as medidas tomadas após a tragédia. Entre elas, são as obras em Santarém, que, segundo a mineradora, são estáveis. Já o extravasor está aberto para permitir que seja escoado o material do reservatório para os diques de contenção.
O documento afirma, ainda, que uma sala de monitoramento foi construída para controlar melhor as estruturas e os diques e que é realizado monitoramento visual durante 24h em um posto. “Com todas as providências que vêm sendo tomadas, por meio de monitoramento, procedimento de alerta e inspeções, a comunidade atualmente não corre riscos”, registra o documento.
O Ministério Público recomenda, por meio da ação, que o governo de Minas Gerais suspenda todas as licenças ambientais da Samarco na região de Mariana (MG). Entretanto, a Prefeitura da cidade defende a operação da mineradora, da qual é dependente financeiramente. “Quanto mais adiarmos, maiores os prejuízos, pois a queda de arrecadação só aumenta. A Samarco ainda precisa reconstruir correias e dutos para voltar a produzir”, Duarte Júnior, prefeito de Mariana.
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Categorias: Ambiente, Informar-se
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