Soluções ecológicas para combater o Aedes aegypti


Algumas boas soluções ecológicas, alternativas, já estão sendo usadas no Brasil para o controle do Aedes aegypti que merecem ser relembradas agora, e espalhadas pelo nosso país afora. Toda ação saudável, ecológica, é bem-vinda na luta contra os mosquitos que nos transmitem doenças.

Rio Grande do Sul

Muito bem-vinda é a iniciativa do Rio Grande do Sul, que proibiu o uso do larvicida pyriproxyfen, suspeito de ser o causador, no Brasil, dos casos de microcefalia ocorrentes no nordeste, especialmente em Pernambuco, onde este larvicida é extensamente usado nas águas de abastecimento urbano.

Leia mais aqui:

Peixes à caça de larvas

Alguns estudos vêm sendo feitos sobre os peixes mais adequados para ajudarem no controle de mosquitos em águas urbanas. Fala-se das poecilias, das traíras e até os “betta“, como especialmente vorazes e rápidos na caçada às larvas, que é um primeiro estágio da vida dos mosquitos como o Aedes aegypti, Culex e Anopheles. Veja aqui uma dissertação de mestrado da Universidade do Ceará que aponta a importância deste uso extensivo.

Em El Salvador, essa prática vem ajudando a controlar a epidemia de dengue desde 2012 com resultados muito promissores, segundo contam os jornais locais (leia aqui).

Para conhecer mais sobre o assunto, leia nosso artigo: PEIXINHOS NA LUTA CONTRA A DENGUE: CONTROLE BIOLÓGICO É EFICAZ

Planta atrai libélula e libélula come mosquito

Existem plantas que ajudam no controle das populações de mosquitos, atraindo seus predadores. Este é o exemplo da leguminosa Crotalária. Uma planta de fácil cultivo, com flores de um amarelo exuberante que atraem libélulas, caçadoras especializadas em mosquitos de vários tipos. E as libélulas comem, muito, e o tempo todo.

Leia mais sobre isso: UMA LINDA PLANTA NO COMBATE À DENGUE

Tecnologia contra os criadouros

Aplicativos de celular ajudam no mapeamento dos focos e criadouros de mosquitos. Vários são os aplicativos já inventados pelos brasileiros, e não só, que nos ajudam no controle dos vetores de transmissão de dengue, zika e chikungunya. Estamos aqui falando do “Sem Dengue“, do “Dengue Report“, do “Monitoramento Inteligente da Dengue“, que estão espalhados pelas várias cidades brasileiras. É interessante que você veja aqui aplicativos disponíveis, uma série destes aplicativos, alguns disponíveis para uso localizado. Procure o aplicativo mais adequado à sua região, à sua cidade. Se engaje na campanha da Secretaria de Saúde da sua localidade. Faça sua parte ajudando na localização de focos e criadouros.

Os dados coletados por esses aplicativos ficam armazenados e disponíveis na internet para consulta de toda a comunidade.

Leia mais em nosso artigo: ‘SEM DENGUE’ E OUTROS APLICATIVOS PARA A LOCALIZAÇÃO DE CRIADOUROS

Inseticida biológico

Em Bebedouro-SP um fato surpreendente: de 6 mil casos de dengue em 2015, a cidade passou a apenas 3 casos nestes dois meses de 2016 usando um inseticida biologico feito à base de bacillus turinguensis, uma bactéria capaz de matar a larva do mosquito.

Leia mais aqui:

Soluções ecológicas são sempre bem-vindas, aliás, são fundamentais já que a quantidade de mosquitos existentes nas cidades brasileiras deriva diretamente dos desequilíbrios ambientais provocados pelo ser humano – águas paradas, lixo acumulado, uso de agrotóxicos que extermina os insetos benéficos como as libélulas, o monocultivo que destrói o equilíbrio biológico necessário a que vetores e seus predadores controlem suas populações.

E, o principal mesmo, é manter a saúde da população de forma integral e holística. Não vale matar mosquito e deixar sequelas neurológicas, isso não vale. Também não vale matar o mosquito e mais toda a vida do ecossistema.

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Redação greenMe

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