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Um aumento de 16% no desmatamento na Amazônia Legal foi registrado no período entre agosto de 2014 a julho de 2015. Precisamente foram 5.831 km² de floresta, enquanto na análise 2013-2014 a derrubada havia sido de 5.012 km².
Este número de 5.831 quilômetros quadrados de desmatamento estão divididos pelos estados que compõem a Amazônia Legal. São eles:
* Amazonas, com aumento de 54% nas derrubadas (769 km² de desmatamento);
* Rondônia, com 41% (963 km²) e;
* Mato Grosso, com 40% (1.508 km²)
Estes foram os estados que concentraram o aumento da derrubada florestal. No total, para o período 2014-2015, registrou-se um aumento de 16% de desmatamento na Amazônia Legal.
O Pará (1.881 km²) e Tocantins ficaram estáveis, enquanto Acre, Amapá, Maranhão, e Roraima tiveram queda. Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).
“Algo que chama atenção é que voltou a aparecer desmatamento com grandes extensões, o que contradiz tudo o que estamos fazendo, em um ano em que aumentamos em 30% os esforços de fiscalização federal”, disse a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira.
Por conta do aumento, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) notificou os três estados com o maior número de desmatamento para apresentarem, no prazo máximo de 60 dias, os dados do desmatamento autorizado, assim o ministério poderá analisar os dados do Inpe. Dessa maneira, o número do desmatamento ilegal será confrontado, permitindo a tomada de sanções previstas pelas áreas desmatadas ilegalmente.
A ministra do Meio Ambiente alega que as autorizações provisórias de funcionamento para propriedades rurais e desembargos de áreas em Mato Grosso, foram fatores que estimularam o corte da floresta.
Izabella ainda afirmou que classifica os dados como contraditórios por conta dos investimentos de 220 milhões de reais que o governo fez para que os estados da Amazônia Legal aplicassem na gestão local.
“Este aumento não está condizente com os recursos que disponibilizamos para estes estados. Não foram poucos recursos”, frisou a ministra.
O aumento representa uma das maiores taxas de desmatamento na Amazônia Legal desde o ano 2000. O compromisso do governo é acabar com o desmatamento na Amazônia Legal em até 2030. Há muito trabalho a ser feito e a perspectiva não ajuda a acreditar na meta imposta.
Confira aqui as medições desde 1988.
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Categorias: Ambiente, Informar-se
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