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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou no dia 14 de outubro, última quarta-feira, o livro Megatendências Mundiais 2030: o que as entidades e personalidades internacionais pensam sobre o futuro do mundo? Trata-se de uma obra analisando os assuntos que podem moldar o mundo até o ano de 2030 nas áreas de população, geopolítica, ciência e tecnologia, economia e meio ambiente.
A coordenação do trabalho foi realizado pela Assessora de Gestão Estratégica, Informação e Documentação do Ipea, Elaine Coutinho Marcial.
O estudo foi inspirado no documento elaborado pelo ex-senador e ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista ecológico Al Gore e o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. A obra aborda a transição das sociedades do mundo moderno para o mundo pós-moderno.
“Muitos dos problemas que enfrentamos hoje é porque no passado não olhamos para o futuro no longo prazo. Ou não nos preparemos para evitar que ocorressem ou para que estivéssemos mais bem preparados para essa ocorrência”, disse Elaine.
Tal estudo é simplesmente inútil se nenhum dos tomadores de opinião, autoridades das cidades, estados e do Governo Federal, além de líderes de todo o planeta, o ler. E é exatamente assim que Elaine pensa: “O objetivo é levar a proposta aos tomadores de decisão, às organizações para tomadas de decisão e, principalmente, ao Estado brasileiro.”
No que mais nos interessa aqui, o meio ambiente é abordado sobre o ótica do modelo econômico vigente, baseada no consumo extremo. E a análise é evidente, este modelo é prejudicial ao meio ambiente.
Associado ao comportamento de cidades, a situação provoca desmatamento, poluição do ar e perdas inestimáveis a natureza em toda sua extensão. Uma mudança drástica deve ser impetrada no estilo de vida de grande parte da população, principalmente nas nações mais ricas e, consequentemente, as mais poluentes.
Por último, a natalidade, que só diminui até mesmo em países da Ásia (continente está concentrada mais da metade da população mundial) somada ao envelhecimento da sociedade mundial, significa que caminhamos para uma sociedade cada vez mais velha, com potencial efeito negativo para o planeta, afinal, os 40 podem ser os novos 30, mas a humanidade ainda está longe de se manter altamente produtiva depois de atingir uma determinada idade. Sem falar nos problemas sociais e de saúde que a idade representa.
“Estamos em um momento de grandes mudanças. E as grandes mudanças, às vezes, nos deixam um pouco incomodados e inseguros em relação a esse processo, É, na verdade, um momento de grandes oportunidades, mas, com boas informações, conseguimos fazer boas escolhas e, com isso, construir o país que tanto almejamos”, finaliza Elaine Marcial.
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Fonte foto: ipea.gov.br
Categorias: Ambiente, Informar-se
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