Essa é uma ótima notícia para o meio ambiente polar ártico, para os ursos brancos, para os povos Inuit que vivem por lá, para os seres marinhos, para a preservação das calotas polares.
Mas, para onde é que a Shell vai? Essa questão é preocupante, sempre!
E até quando deixará as jazidas do Ártico livres de exploração?
Nesta segunda-feira a Shell, empresa anglo-holandesa, multinacional, capital global, avisou ao mundo de que desistiu da exploração de gás e petróleo num poço ao largo do Alasca. Afirmou que as quantidades existentes não são suficientes para a sua exploração comercial. Ou seja, que o projeto é caro demais, os lucros, poucos, de menos.
Pode ser, porque uma empresa que só visa o lucro não deixaria barato a contestação ambientalista de que está sendo alvo mundo a fora.
A perfuração feita pela Shell chegou a cerca de 2070 metros de profundidade, num poço da bacia de Burger J, no mar de Chukchi a 240 km de Barrow, no Alasca. A bacia de Burger J, tão grande quanto a metade do Golfo do México, é considerada pela Shell como de importância estratégica para os Estados Unidos e o Alasca, portanto apesar da desistência atual de sua exploração, é de se supor que futuramente voltará a ser de interesse para a multinacional.
O interesse na exploração petrolífera do Ártico se apóia em estudos do United States Geological Survey, que avalia a existência de 13% das reservas mundiais ainda não descobertas de petróleo e 30% das de gás natural. Portanto, apesar dos custos elevados e das dificuldades, não é de se desprezar para um sistema cujo objetivo é a exploração total deste um recurso natural não renovável.
No entanto, o uso petrolífero no Ártico vem sendo, há anos, objeto de oposição pelas organizações ambientalistas que entendem que os danos ambientais, em caso de um eventual derrame de petróleo, serão de muito difícil recuperação pois os hidrocarbonetos derramados ficarão aprisionados por baixo da calota polar, onde é impossível de se fazer sua limpeza e degradação.
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Categorias: Ambiente, Informar-se
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