Ontem, 16 de setembro foi celebrado o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio e, felizmente, o Brasil tem razões para celebrar a data, pois entre os de 2012 e 2015 conseguiu reduzir o uso de substâncias danosas para a Camada de Ozônio em 16,6%, sendo que a meta estipulada pelo Protocolo de Montreal para países em desenvolvimento era de apenas 10%.
Um feito e tanto e digno de aplausos, mas ainda precisamos de muito mais. Tanto é que o Brasil agora se dispõe a uma nova meta: eliminar em 40% o uso de matérias-primas prejudiciais à Camada de Ozônio até o ano de 2020.
O objetivo será alcançado, de acordo com o planejamento brasileiro, com a mudança das tecnologias usadas por setores industriais, em especial os de espumas de poliuretano e refrigeração.
O Protocolo de Montreal é um compromisso fechado por 197 países com o intuito de proteger a camada de gás ozônio que circunda o planeta e filtra os raios solares UVB, prejudiciais à saúde. Até agora, 48 países desenvolvidos e 148 em desenvolvimento têm metas para que a humanidade elimine o uso de produtos químicos que danificam essa camada protetora, entre eles o Halon, Tetracloreto de Carbono (CTC), Hidroclorofluorcabono (HCFC), Clorofluorcarbono (CFC) e o Brometo de Metila, substâncias inimigas da Camada de Ozônio.
Para alcançar as metas objetivadas no protocolo, foi criado um Fundo Multilateral. Este é custeado pelos países ricos para financiar os programas nos países em desenvolvimento. O Brasil, por exemplo, no período em que conseguiu diminuir as emissões em 16,6%, recebeu quase 20 milhões de dólares para ajudar a concretizar a primeira etapa do protocolo. Para alcançar o número de 40% até 2020, o Brasil pleiteia mais 40 milhões de dólares do Fundo. A resposta se o país receberá este montante virá até novembro.
Todo o programa desenvolvido em solo nacional é desenvolvido e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e fica a cargo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) realizar os projetos por aqui, ajudando o setor produtivo.
“O protocolo é reconhecido como bem-sucedido porque todos os países estão realmente envolvidos, cada um cumprindo a sua parte. Todos têm metas a cumprir e os países em desenvolvimento recebem apoio financeiro e científico para alcançar as metas, além do setor produtivo ser engajado e ouvido”, informou a gerente da Secretaria de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Magna Luduvice.
O Brasil vem conseguindo reduzir as emissões focando em alternativas sustentáveis para os gases HCFC, deixando de usar 168,8 toneladas do gás HCFC141B no setor de espumas e 51,5 toneladas de HCFC22 no setor de refrigeração.
Nesta quarta-feira, 21 empresas foram certificadas pelo ministério por eliminar totalmente o uso do HCFC do tipo 141B na fabricação de espumas de poliuretano.
É meta do ministério que até 2020 toda a conversão tecnológica do setor de espumas seja finalizada e então iniciar a conversão de uma parte do setor de refrigeradores comerciais e de ar condicionado. Todos estes setores receberão apoio do Estado, financeiro e tecnológico, para encontrarem alternativas benéficas ao meio ambiente.
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Fonte foto: korabox.ru
Categorias: Ambiente, Informar-se
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