A edição de abril da revista Nature deu destaque às ações de proteção e recuperação de florestas do Brasil. A revista exibiu uma série de medidas tomadas para diminuir o desmatamento em terras tupiniquins, que vem caindo há quase dez anos seguidos.
“O Brasil tem travado uma guerra bem sucedida sobre o desmatamento tropical, e outros países estão tentando seguir o seu exemplo. Mas a vitória permanece frágil”, lê-se na edição.
É interessante notar o fato de que a publicação destaca o fato de que a , a princípio nos de 2005 e 2006, foi dada aos menores índices da atividade agrícola daquele período, mas agora a agricultura nacional é o carro forte da economia há algum tempo e, mesmo assim, o desmatamento continuou em ritmo mais baixo a cada ano.
“A suposição era que os agricultores e pecuaristas em breve voltariam aos seus velhos hábitos. Mas eles não o fizeram. A produção se recuperou e cresceu, enquanto a taxa de desmatamento continuou a cair. O Brasil provou aos céticos que estavam errados e, ao fazê-lo, mudou a conversa global sobre florestas, alimentos e desenvolvimento rural”, afirma a Nature.
A Nature classifica como fator primordial a postura do governo brasileiro em levar a sério o combate ao desmatamento a partir de 2004, segundo ano do primeiro mandato do ex-Presidente Lula. Anteriormente, o índices de degradação ultrapassavam os 20 mil quilômetros, agora passam pouco dos 4 mil quilômetros.
Mas é claro que o governo não fez tudo sozinho. Agora os grupos ambientais contam com satélites disponíveis publicamente, o que ajuda aos grupos a colocarem pressão e colocar as corporações internacionais de comércio de carne e soja, nos holofotes da questão ambiental.
“A maioria dos principais envolvidos em ambas as indústrias cedeu à pressão da opinião pública e de acordos para impedir a compra de produtos de terras recentemente desmatadas. Pesquisas sugerem que essas e outras medidas estão mudando a forma como agem os proprietários das terras”, diz o editorial.
Tais medidas deram ao Brasil um verdadeiro arsenal de ferramentas para combater o desmatamento de maneira eficaz em curto espaço de tempo. Algo que pode servir como modelo para outras nações amenizar a degradação em seus territórios.
A revista também faz um paralelo sobre os desafios futuros, que não são claros, e os problemas financeiros do Brasil atual. É preciso dinheiro para evitar o desmatamento e não sucumbir a ideia de fazer caixa com desenvolvimento rural irresponsável e derrubando florestas, um grande desafio para o Brasil em tempos de recessão.
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Fonte foto: fotospublicas.com
Categorias: Ambiente, Informar-se
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