Desmatamento aumenta na Amazônia Legal


Informação preocupante na região Amazônia Legal: entre os meses de agosto de 2014 e janeiro de 2015, foi registrado aumento de 90,5% no desmatamento em relação a agosto de 2013 e janeiro de 2014. Para efeito de comparação, no mesmo período a área afetada era de 1.162,50 km², com redução de 19% ao período anterior, quando foi desmatado 1.427,99 km², mas agora. No período recente, houve desmatamento em 2.215,5 km².

A Amazônia Legal é composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

As informações são do Sistema de Detecção de Mapeamento em Tempo Real (Deter), pertencente ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas no último dia 2.

Os alertas do desmatamento são feitos mensalmente dentro deste período de agosto a janeiro. Em agosto o maior índice, 890 km², em setembro 736 km², em outubro km² 298 km², novembro de 2014 foram registrados 77 km² de alertas, em dezembro aumentou para 85 km² e em janeiro de 2015 129 km².

Abaixo gráfico com área desmatada e os números dos alertas dos meses de novembro a janeiro

Nov Dez Jan

Amazonas 11,18 0 3,21

Maranhão 1,36 0 0

Mato Grosso 15,44 55,98 108,19

Pará 32,69 17,51 6,60

Rondônia 14,54 0 6,96

Roraima 0,68 9,09 4,40

Tocantins 0,79 2,86 0

TOTAL 76,68 85,44 129,36

O Deter consegue verificar desmatamentos maiores que 25 hectares e serve como um levantamento para direcionar a fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em terra.

Infelizmente, por conta de questões naturais, como as nuvens e chuvas, o satélite que realiza a cobertura nem sempre consegue fiscalizar a ação dos madeireiros, o que gera uma redução nos alertas de desmatamentos conforme o período de chuvas se aproxima. Não por acaso os maiores alertas acontecem no período de secas, na estação do inverno.

As imagens registradas pelo Deter no o Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes) e o Projeto de Mapeamento da Degradação Florestal na Amazônia Brasileira (Degrad), que formam o conjunto de sistemas para monitoramento e acompanhamento do estado da Amazônia Legal, são analisadas em um prazo de até cinco dias, fornecendo todas as informações necessárias para o IBAMA.

Quando um alerta é emitido, ele pode se referir ao desmatamento puro, ou seja, de corte raso drástico de árvores e mata nativa, como também por motivo de degradação ambiental de diversos tipos, como corte seletivo de madeira, preparação da área para o corte raso, localmente denominada brocagem, ou cicatrizes de incêndio florestal.

Em 2014, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou que, apesar do desmatamento, mais de 113 mil Km² de área desmatada se mantiveram em regeneração durante os anos de 2008 e 2012: “Isso significa que temos mais floresta em regeneração do que está sendo retirado”.

A declaração da ministra, evidentemente, não leva em consideração os dados mais atuais, mas a expectativa de todos é de que a região em regeneração também tenha aumentado na mesma proporção da área desmatada da Amazônia Legal.

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Redação greenMe

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