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Que o aquecimento global é uma realidade causada pelo homem, ninguém se atreve a contestar – bem, o ministro da Ciência e Tecnologia, , sim, mas é uma voz isolada. Parece que, com as altíssimas temperaturas verificadas nos primeiros dias de 2015, a ciência tenha ‘ligado os pontos’ e relacionado o efeito estufa à este verão, que pode vir a ser o mais quente e seco desde 1917.
Com sensações térmicas que chegam aos 50º no Rio de Janeiro, algumas das temperaturas mais altas do mundo vêm sendo registradas na cidade maravilhosa. E com um adendo: agora o verão carioca está mais seco do que nunca, com sua média pluviométrica tendo sido reduzida em 87%, em comparação à média histórica de janeiro. E a chuva é justamente um elemento importante para amenizar a sensação de calor, além de repor água nas barragens, como o caso do Sistema Cantareira – cuja previsão é a de que esteja seco em, no máximo, quatro meses.
A opinião de especialistas é a de três razões centrais que justificam o panorama do clima:
1- Uma espécie de massa de ar, oriunda do Pacífico Sul, que é responsável por desviar ventos que atingiriam o Sudeste, exatamente onde fica o Rio de Janeiro;
2- Jatos de vento, carregados de umidade, que viriam da Amazônia para a região também têm tido sua rota modificada, seguindo ao Sul do Paraguai; conhecidos como ‘rios voadores’, atingem o Sul do país, levando enchentes para a área e seca ao Sudeste;
3- Vórtice de Altos Níveis do Atlântico, que detonaria nuvens, pois aquece o ar, se formaria no Nordeste, mas agora vai para o Sul. Com isso, as famosas chuvas de verão não ocorrem.
Evidentemente, sabemos que a seca e a mudança do perfil do verão são questões complexas, mas, além disso, não é preciso ser especialista, para perceber que a degradação de florestas, como a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica, tem influenciado tanto no , quanto na elevação da temperatura média do verão.
Como se já não bastassem os crimes ambientais, bastante corriqueiros no país, ainda não existe uma visão do poder público em preservar o meio ambiente. É o caso das 300 árvores estão sendo derrubadas para as obras da Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Árvores em áreas urbanas amenizam o clima quente e embora tenham dito que estas serão replantadas em outras localidades, a lógica seria plantar mais e derrubar zero.
Nem a crise hídrica nem o calor desumano faz com que as autoridades acordem. É uma pena!
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Categorias: Ambiente, Informar-se
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