A suspensão judicial do processo criminal contra os responsáveis Samarco, Vale e Billington, pelo rompimento da Barragem do Fundão em Mariana, Minas Gerais, é uma nova estratégia, como diz a CBN, e com toda a razão.
Quer dizer, o processo pode até ser suspenso por conta de umas “firulas” jurídicas, muito usadas para a proteção dos grandes. A questão é que o juiz bloqueou uma ação criminal deste porte por conta de que, as escutas telefônicas foram feitas após um dado prazo legal.
A justiça de Minas Gerais diz que é grave a falha legal porém, desconsidera a gravidade, imensa, dos danos pessoais, sociais e ambientais que resultaram do desastre quando do rompimento da barragem de rejeitos minerários, que arrasou parte da cidade histórica de Mariana, matou 19 pessoas, soterrou gado e cultivos, destruiu casas e desceu, Rio Doce abaixo, contaminando e destruindo.
Como bem afirma Sérgio Abranches, comentarista ecopolítico da CBN, no minuto 4:28 do áudio que você pode ouvir aqui: “os danos ambientais e econômicos, sociais e coletivos muito altos, claramente houve culpa” daqueles que dirigem as empresas Samarco, Vale e Billington, responsáveis pelos projetos e execução da mineração no Vale do Rio Doce e, sabidamente, conhecedoras, conscientes, dos possíveis danos que poderão resultar de suas ações.
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Os mortos da lama estão enterrados – 19 foram os corpos encontrados.
As vidas dos sobreviventes, estas é que não têm mais jeito – até hoje não foram devidamente ressarcidas das reais perdas que sofreram e, é preciso lembrar, não há dinheiro que possa pagar a hortinha, o curral com os bichos, o galinheiro com as galinhas poedeiras e a casa, tão bem arranjadinha, resultado de toda uma vida de amor e sacrifício.
Não iremos esquecer esta tragédia e vamos cobrar por Justiça!
Categorias: Ambiente, Informar-se
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