No período compreendido entre 2001-2010 o ritmo de degelo do continente antártico – que já vinha em alta nos períodos anteriores – se intensificou, sendo multiplicado por três, sobretudo na porção oeste da região. O estudo levou em conta 21 anos de coleta de dados.
O derretimento recorde se localiza na área do mar de Amundsen, na parte oeste da Antártica e acaba sendo o maior vetor de elevação do nível dos oceanos em pelo menos um metro. Essa confirmação foi obtida por cientistas da Nasa e da Universidade da Califórnia, nos EUA. E o mais impressionante: até agora, tais efeitos nos oceanos são tidos como irreversíveis.
A pesquisa, publicada na importante revista Geophysical Research Letters é a primeira a cruzar dados de observações, que foram realizadas com base em quatro métodos de aferição de perda de gelo, o que permite que seja verificada uma estimativa bastante próxima à realidade, do ritmo de degelo em um período de 20 anos. As medições se basearam em dados de radares e satélites, tanto da Nasa, quanto da Universidade holandesa de Utrecht.
Em resumo, desde o ano de 1992 houve uma perda da ordem de 83 bilhões de toneladas por ano. Apenas como efeito de comparação, um Monte Everest – o maior do mundo, que pesa 161 bilhões de toneladas – foi perdido a cada dois anos, nos últimos 20 anos.
Além disso, a partir de 1992, houve uma aceleração no desaparecimento das massas glaciais, de 6.1 bilhões de toneladas por ano. Essa ocorrência foi mantida até 2002. No ano seguinte, até 2009, houve um salto para os 16.3 bilhões de toneladas anuais, ou seja, o triplo da massa de gelo eliminada no período anterior.
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Fonte foto: Dream Wallpaper
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